Na última quinta-feira, 22/11, o ministro Joaquim Barbosa foi empossado como presidente do Supremo Tribunal Federal, instância maior da justiça brasileira.
A data tornou-se marcante na história brasileira devido ao fato de Barbosa ser o primeiro negro a ocupar o cargo, que é repassado de ministro a ministro quando o presidente completa 70 anos de idade. A eleição do ocupante é definida segundo critério tradicional do STF, de conduzir ao cargo o ministro mais velho em idade, entre os ocupantes das cadeiras que estão em atividade.
Joaquim Barbosa tornou-se conhecido nacionalmente durante o julgamento do caso Mensalão, onde ocupou o cargo de relator e manifestou sua indignação com os crimes cometidos pela quadrilha sob julgamento.
Em seu discurso de posse, o ministro, que é filho de uma evangélica, afirmou que há a necessidade de que a justiça brasileira se torne mais abrangente e homogênea: “Preciso ter a honestidade intelectual de dizer que há um grande deficit de Justiça entre nós. Nem todos os brasileiros são tratados com igual consideração quando buscam o serviço público de Justiça. O que se vê, aqui e acolá, não sempre é claro, mas às vezes sim, é o tratamento privilegiado, preferência desprovida de qualquer fundamentação racional”, disse Barbosa.
A mãe do ministro acompanhou a posse do filho na primeira fila do plenário do STF, e revelou ao jornal Folha de São Paulo que tudo que fez por seu filho por interceder: “O que eu dei foi oração, ele lutou por conta própria”, contou.
Quando foi questionada sobre os rumos de seu filho após novembro de 2014, quando ele deixará a presidência do STF, Benedita Barbosa deixou nas mãos de Deus: “Só Ele sabe”.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+