Uma tragédia familiar tem repercutido na internet nos últimos dias. Aconteceu no município de Cravinhos, interior a 293 Km da capital, São Paulo. Tatiana Lozano Pereira, de 32 anos, mãe de Itaberlly Lozano, 19 anos, assassinou o próprio filho com uma facada na garganta, durante uma discussão em sua residência no dia 29 de dezembro passado, e ainda contou com ajuda do marido, Alex Canteli Pereira, padrasto de Itaberlly, para tentar ocultar o corpo em um canavial.
A motivação do crime não ficou especificada ao certo, mas segundo informações do portal ACIDADEON, de Ribeirão Preto, em declaração a Polícia Civil, Tatiana afirmou que o jovem era viciado em drogas e que teria feito várias ameaças de morte a ela, o padrasto e ao filho do casal, de 03 anos. Tatiana Lozano disse ainda a Polícia que um dia antes do crime havia brigado com o filho, motivo pelo qual ele saiu de casa, indo morar com a avó paterna. Um dia depois Itaberlly retornou a casa da mãe e os dois brigaram novamente, acontecendo o crime.
De acordo com o delegado Elton Testi Renz, após o crime Tatiana e o marido que, segundo ela, no momento do crime estava dormindo, pegaram o corpo do jovem, enrolaram em um edredom e levaram para um canavial próximo a rodovia José Fregonesi, onde queimaram e enterraram o corpo. A Polícia encontrou o corpo no dia 07, dois dias antes do casal registrar um boletim de ocorrência por desaparecimento de Itaberlly. Naquele momento, Tatiana e Alex já eram considerados suspeitos.
O casal teve a prisão temporária decretada no dia 11 por trinta dias, formalmente acusados de homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
A mãe aparentava ser religiosa
No perfil de Tatiana no Facebook, sob o nome Taty Lozano, é possível verificar diversas publicações em referência a religião. Embora não seja possível afirmar qual é a sua confissão de fé, as postagens causaram revolta não apenas pelo crime cometido, mas também por ela fazer referência a Deus e a passagens bíblicas, mesmo após o assassinato do próprio filho, como no exemplo abaixo:
O filho era homossexual
Outro fato que tem chamado atenção de muitos é a suspeita do crime ter sido cometido devido a mãe não aceitar o comportamento homossexual do filho. No perfil de Tatiana, alguns internautas fazem associação do crime com “homofobia”, bem como em diversas reportagens da mídia que procuram explorar o caso como um possível crime de homofobia.
Em uma matéria publicada no GI, o tio paterno do jovem morto declarou que a mãe não aceitava a homossexualidade de Itaberlly, sem afirmar, porém, que o crime tenha sido motivado por isso:
“A mãe dele não aceitava e a gente já desconfiava, porque ela não quis prestar queixa. Acho que a mãe tem que cuidar do filho e não fazer o que ela fez. Ele era um rapaz que trabalhava, era educado, era um menino, mas estava na fase de trabalhador”, contou Dario Rosa, tio da vítima.
O filho teria tentado sufocar o irmão de 03 anos
Outra possibilidade para a motivação do crime, segundo o Advogado do casal, seria a legítima defesa. Segundo Tatiana, Itaberlly passou a usar drogas e estava sendo agressivo com a família, já tendo agredido ela outras vezes:
“Ela se defendendo do filho e acabou cometendo esse homicídio. O padrasto estava dormindo e, quando acordou, a mulher falou ‘acabei de fazer uma besteira’. Ela confessou, disse que se defendeu do filho, que tem várias passagens, vários boletins de ocorrência, inclusive tentativa de sufocar o irmãozinho menor, de 3 anos”, disse o Advogado em matéria publicada no G1.
Ainda segundo o Advogado, Tatiana e o padrasto tentaram ocultar o corpo de Itaberlly por ato de desespero. A defesa do casal pretende entrar com um pedido de habeas corpus para que o processo seja respondido em liberdade.