O pastor Silas Malafaia decidiu entrar no debate que atualmente vem pautando as duas principais alas teológicas no segmento evangélico brasileiro, e pregou um sermão no último domingo, 06 de outubro, que segundo ele, poderia “arregaçar” a doutrina calvinista.
“Amanhã, na celebração da ceia, eu vou pregar eu vou pregar uma mensagem de arregaçar. Eu vou falar sobre a maravilhosa graça de Deus, e vou falar [sobre] que graça é essa que estão pregando: uma graça sem graça, legalista; uma graça leviana, que é o amor, amor, amor e pode tudo; ou a maravilhosa graça de Deus”, introduziu Malafaia, num vídeo publicado no Twitter.
Em seguida, o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo abordou o debate sobre as vertentes calvinista e arminiana da teologia: “Também vou falar que só com a graça de Deus eu elimino a doutrina calvinista da predestinação”, prometeu.
O anúncio mobilizou as redes sociais, com líderes evangélicos pentecostais e reformados repercutindo o sermão pregado por Silas Malafaia: “Se arminianos forem depender da defesa ‘arregaçada’ de Silas Malafaia, estarão fragilizados. Frágil, inconsistente, texto distorcidos e mal-empregados. Enfim, só o histrionismo de sempre. Há arminianos que podem fazer um trabalho 100% melhor do que ele”, criticou o pastor assembleiano Geremias do Couto no Twitter.
Um tom igualmente agudo foi adotado pelo pastor e escritor Renato Vargens, líder da Igreja Cristã da Aliança, em Niterói (RJ) e integrante do movimento Coalizão Pelo Evangelho: “O dito pregador que disse que iria arrebentar com o calvinismo, além da arrogância que lhe é peculiar não falou nada com nada. Antes pelo contrário, com um discurso autoritário e vazio de boa teologia, contrariou até mesmo o arminianismo clássico, defendendo de forma ignóbil um tipo de pelagianismo, que pelo jeito ele mesmo não sabe o que significa”.
“Agostinho de Hipona, Ulric Zuínglio, Martinho Lutero, João Calvino, John knox, John Bunyan, John Owen, Mathew Henry, Jonathan Edwards, George Whitefield, Charles Haddon Spurgeon, John Gill, J.C. Ryle, A.W. Pink, Charles Hodge, Abraham Kuyper, Louis Berkhof, Martyn Lloyd-Jones, J.I. Packer, John Stott, D.A. Carson, John Piper, John MacArthur, Steven Lawson, Russel Sheed, R.C. Sproul, Wayne Grudem, isso sem mencionar centenas de outros mais mais, inclusive brasileiros como Augustus Nicodemus, Franklin Ferreira e Davi Charles Gomes que defendem a doutrina da eleição, mas, quem sabe mais é o Silas Malafaia, que do alto de sua empáfia pelagiana acredita que arrebentou o calvinismo”, acrescentou Vargens, em outra publicação no Instagram.
Em contraponto, o historiador manauara José Andrews exaltou o sermão de Malafaia: “Só digo uma coisa: pela reação da militância calvinista em redes sociais, o Pr Silas Malafaia, apesar de uma desidratação de popularidade, ainda é o protagonista do debate evangélico”.
OUÇA! essa vai ser quente! pic.twitter.com/plxYgzLgaq
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) October 6, 2019
Se arminianos forem depender da defesa “arregaçada” de Silas Malafaia, estarão fragilizados. Frágil, inconsistente, texto distorcidos e mal-empregados. Enfim, só o histrionismo de sempre. Há arminianos que podem fazer um trabalho 100% melhor do que ele.
— Geremias Couto (@pastorgeremias) October 7, 2019
Só digo uma coisa: pela reação da militância calvinista em redes sociais, o Pr Silas Malafaia, apesar de uma desidratação de popularidade, ainda é o protagonista do debate evangélico. #maravilhosagraca #maravilhosagraça
— José Andrews (@EuJoseAndrews) October 7, 2019
Confira a íntegra do polêmico sermão de Malafaia: