A perseguição religiosa do Ministério Público contra alunos cristãos que têm realizado “intervalos bíblicos” entre as aulas em escolas públicas para estudar a Bíblia foi comentada pelo pastor Yago Martins como demonstração de cristofobia na sociedade brasileira.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (SINTEPE) fez uma denúncia ao Ministério Público do estado afirmando que alunos estavam se reunindo para orar e estudar a Bíblia “sem orientação dos servidores”. Por isso, um inquérito foi aberto.
Para o pastor Yago Martins, a abertura do inquérito demonstra a perseguição religiosa aos cristãos na sociedade brasileira: “O dinheiro do pagador de impostos vai ser usado para investigar alunos se reunindo livremente pra orar nos horários sem aula. Mas não existe cristofobia”, ironizou, em uma publicação no X.
O influenciador Izzy Nobre o questionou sobre como ele reagiria se a iniciativa fosse na escola onde a filha dele estuda, por parte de alunos de outras religiões, e o pastor da Igreja Batista Maanaim em Fortaleza (CE) reiterou seu posicionamento:
“Não tem qualquer participação da escola. É aluno rezando junto, no tempo livre, em sala vazia, sem incomodar ninguém. Se é na escola da minha filha, numa sala livre, o estado não tem que impedir aluno de nada”, respondeu.
Ao final, o pastor batista apontou que a liberdade religiosa deve ser respeitada pelo Estado justamente pelo conceito de laicidade que rege a Constituição Federal: “Se alunos montam uma liga ateísta e se reúnem em uma sala livre no intervalo das aulas pra ler Dawkins, o governo não tem que ser meter. Mas se os alunos montam um clubinho de oração e estudam o Evangelho de Matheus uma vez na semana durante os intervalos, vira caso de polícia”, protestou.