Conhecida por criar produtos controversos, a marca espanhola Balenciaga virou alvo de críticas nos últimos dias, após veicular uma campanha publicitária acusada de fazer apologia à pedofilia. Nela, crianças aparecem em fotos segurando objetos ligados à prática sexual sadomasoquista.
A campanha foi iniciada no dia 16 esse mês, mas após a influenciadora June Nicole Lapine fazer uma publicação criticando a marca, a Balenciaga resolveu excluir as fotos onde crianças posavam com objetos associados a fetiches sexuais.
Conhecida por ser badalada entre os famosos e influenciadores, a marca também foi criticada por nomes de peso no mundo da moda, como Kim Kardashian, que se disse “enojada e indignada” com a situação, já que ela mesma é/era usuária da grife.
“Fiquei quieta nos últimos dias, não porque não estivesse enojada e indignada com as recentes campanhas da Balenciaga, mas porque queria uma oportunidade de falar com a equipe deles para entender por mim mesma como isso poderia ter acontecido”, reclamou a celebridade.
“Como mãe de quatro filhos, fiquei abalada com as imagens perturbadoras. A segurança das crianças deve ser a maior consideração e qualquer tentativa de normalizar o abuso infantil de qualquer tipo não deve ter lugar em nossa sociedade”, destacou Kardashian.
“Perversidade”
No Brasil, figuras públicas também reagiram à campanha acusa de fazer apologia à pedofilia. A vereadora evangélica Sonaira Fernandes repercutiu a informação noticiada pelos veículos de imprensa, classificando a campanha da marca de luxo como “perversidade”.
“Até onde vai a perversidade e a compulsão de pessoas determinadas a destruírem a infância?”, criticou Sonaira. O cantor Isaías Saad também reagiu, lembrando que no Brasil crianças foram incentivadas a tocar em um homem nu, em 2017, em nome da “arte”.
“O que a campanha da Balenciaga tem haver com a esquerda progressista: Não vamos muito longe. Quem lembra desse lixo chamado de ‘perfomance artística’ que ocorreu em 2017 no Museu de Arte moderna em São Paulo?”, questionou.
“Para a esquerda isso é pura arte e a sexualização está na cabeça dos adultos. A agenda progressista anda de mãos dadas com a esquerda”, criticou o cantor. A Balenciaga, por sua vez, emitiu uma nota procurando se isentar da culpa pela propaganda, dizendo que foi um erro a veiculação publicitária.
A marca argumentou no sentido de dar a entender que não teria tido conhecimento da campanha, antes da sua veiculação. “Estamos tomando ações legais contra as partes responsáveis por criar o set e incluir itens não aprovados para o ensaio fotográfico”, disse a empresa, segundo o UOL.