A declaração da ministra Damares Alves sobre o avanço do evolucionismo na sociedade ser fruto de uma omissão da Igreja na formação do pensamento crítico e no aprofundamento dos estudos da ciência foi comentada pelo ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.
Pontes – conhecido como o primeiro astronauta brasileiro – foi um dos primeiros nomes apontados pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para ocupar o time que formaria o ministério do novo governo.
Em entrevista à rádio CBN, Marcos Pontes afirmou que, na sua opinião, não se deve misturar ciência com religião: “Ela deve ter falado isso em algum tipo de contexto que eu não sei exatamente. Mas, do ponto de vista da ciência, são muitas décadas de estudo para formar a teoria da evolução”, disse.
A polêmica gerada pela grande mídia em cima da declaração de Damares Alves feita em 2013, num contexto voltado para o segmento evangélico, motivou inúmeras críticas e também manifestações de apoio.
Na entrevista, Marcos Pontes também falou sobre o trabalho que sua pasta terá na busca por uma solução contra a seca no Nordeste: “Essa segurança hídrica é função do Ministério do Desenvolvimento Regional, mas nós temos a função de ajudar na parte de tecnologias aplicáveis a isso”, comentou o ministro, que confirmou que irá ainda em janeiro a Israel para colher informações sobre a tecnologia de dessalinização do país.
Para concretizar todos os planos de desenvolvimento que o novo governo vem fazendo, incluindo áreas como educação, Marcos Pontes afirmou que é preciso estimular o investimento privado: “Precisamos atrair empresas. Precisamos ajudá-las a ter um ambiente positivo de negócios”, afirmou.