A violência doméstica é uma realidade na sociedade e acontece também no meio cristão, apesar de todo o ensinamento bíblico sobre o papel do homem no casamento. Diante disso, o pastor Renato Vargens fez um carrossel no Instagram para falar sobre o que a Bíblia diz sobre se divorciar nesses casos.
O pastor construiu sua argumentação expondo o divórcio como um remédio amargo e extremamente restrito estabelecido pela Bíblia Sagrada, cabível apenas para casos muito específicos, e reiterou o ensino de que Deus odeia o divórcio, mas ponderando que a violência doméstica é algo também rejeitado pelo Criador.
“Violência doméstica é um grave problema em nossa sociedade, e infelizmente nossas igrejas estão repletas de mulheres que apanham de seus maridos. Não são poucas aquelas que vivem uma vida de horrores, sofrendo as agruras de uma relação despótica, ditatorial e abrutalhada”, contextualizou.
Por uma questão doutrinária, disse Vargens, “muitas destas mulheres continuam se sujeitando a este tipo de relacionamento, fundamentado na premissa de que Deus odeia o divórcio (o que é verdade), e com isso, acentuando distúrbios psicológicos, neurológicos e físicos em sua própria vida e filhos”.
O pastor observou que Deus criou o casamento para que homem e mulher formem família, tenham filhos e vivam em paz, e que a iniciativa de se divorciar é uma resposta humana ao fracasso da união por influência do pecado:
“Sem a menor sombra de dúvidas, o divórcio não é uma instituição divina e sim humana, até porque, ele brota de corações caídos e distantes de Deus. Além disso, é indispensável que também entendamos que existe um enorme abismo entre lutar por um casamento combalido a permanecer numa relação onde a esposa é constantemente violentada fisicamente”, constatou.
“O apóstolo Paulo, em I Co 7:10-15 afirma que o cônjuge cristão pode se divorciar desde que o seu marido incrédulo abandone o lar. Isso posto, acredito piamente que maridos que batem em suas esposas, há muito abandonaram seus lares, dando as suas mulheres condições de divorciaram dos agressores. O fato de alguns destes afirmarem ser cristãos, não os torna efetivamente crentes, até porque, os que agridem suas esposas, legitimam de que na verdade nunca conheceram a Cristo”, argumentou.
Vargens conclui que crimes são crimes, e que o remédio que põe fim a esse tipo de violência precisa ser considerado com seriedade pelas vítimas: “A violência contra a mulher é uma agressão ao Criador, e em hipótese alguma as mulheres devem se sujeitar a qualquer tipo de agressão, denunciando o agressor às autoridades competentes, a fim de que o sofrimento imposto pela violência cesse definitivamente em sua casa. Além disso, deve levar suas queixas, lamúrias, angústias e sofrimentos ao justo JUIZ, que com certeza, no tempo certo, lhes fará justiça”.
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