O polêmico pastor Mark Driscoll está enfrentando sérias acusações e acaba de ser afastado da presidência da Mars Hill Church, megaigreja fundada por ele em Seattle, nos Estados Unidos. A direção da denominação resolveu afastá-lo por seis meses para que as acusações de fraude sejam investigadas.
De acordo com as denúncias, Driscoll teria usado o dinheiro arrecadado pela Mars Hill Church para comprar exemplares de seus próprios livros, e assim fazer os títulos lançados por ele entrarem para as listas de mais vendidos. Dessa forma, o famoso pastor induziria os fiéis e outros leitores a comprarem seus livros.
Segundo informações de diversos veículos internacionais, há suspeitas de que Driscoll também subornava editores de literatura que organizam as listas dos livros mais vendidos para que suas obras estivessem sempre entre os primeiros colocados.
Crise
Entre acusações de plágio e práticas hereges, Driscoll foi afastado da organização Atos 29, que é reconhecida como uma importante entidade cristã nos Estados Unidos. A rede de livrarias Lifeway retirou os livros de Driscoll de seu catálogo nas 200 lojas de todo o país, e outras livrarias seguiram o mesmo caminho.
As graves acusações contra o pastor receberam um grande aditivo quando um grupo de 21 ex-pastores da Mars Hill Church procuraram a direção da denominação para protocolar denúncias de abuso de poder contra Driscoll.
Os problemas de Mark Driscoll passaram a ser um dos assuntos mais comentados entre os evangélicos dos Estados Unidos, e a comunidade reformada do país passou a cobrar da Mars Hill explicações sobre as denúncias.
Num primeiro momento, a igreja optou por publicar uma nota dizendo que o pastor contava com apoio total e irrestrito da comunidade. Porém, no último domingo, durante o culto, a direção da igreja optou por comunicar os fiéis sobre o afastamento do pastor.
De acordo com o Huffington Post, o próprio Mark Driscoll gravou um vídeo afirmando que estava suspenso por no mínimo seis meses, enquanto os fatos eram esclarecidos.