Um dos crimes mais bárbaros já ocorridos no meio religioso dentro do Brasil completou um ano no último dia 21 de maio. Foi o massacre na Igreja Batista de Paracatu, no Noroeste de Minas.
O crime ocorrido em 21 de maio de 2019 deixou quatro pessoas mortas, após um homem identificado como Rudson Aragão Guimarães, de 39 anos, invadir o templo da Igreja Batista de Paracatu, matando com uma arma de fogo três pessoas.
Antes disso, porém, Rudson assassinou a ex-namorada dele com um golpe de faca em sua própria residência. A mulher identificada como Heloísa Vieira Andrade, de 59 anos, ainda chegou a ser socorrida para um hospital, mas não resistiu ao ferimento e faleceu.
Chamada ao local da Igreja Batista de Paracatu, a Polícia Militar informou na época que se não tivesse atendido com rapidez a ocorrência outras pessoas poderiam ter sido mortas, já que o criminoso ainda estava com munição não deflagrada na ocasião.
Os policiais conseguiram deter Rudson após ele ser baleado na clavícula. O indivíduo foi levado para o Hospital Municipal de Paracatu, onde chegou a tentar cometer suicídio com uma lâmina de bisturi no dia 23 de maio.
“Foram adotados os devidos procedimentos de segurança e socorro. Segundo a equipe médica, o estado de saúde dele é estável. Rudson permanece internado no Hospital Municipal de Paracatu, sob escolta da Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), à disposição da Justiça”, informou em nota a PM na época, segundo o Hojeemdia.
Motivação do crime
Segundo a delegada Thays Regina Silva, responsável pelo inquérito que investigou os crimes cometidos por Rudson, o sujeito cometeu o massacre na Igreja Batista de Paracatu por vingança, após ser excluído de um grupo de membros da denominação em uma rede social. Ele também não havia aceitado o fim do namoro com Heloísa.
“Ficou evidenciado que a motivação dos crimes foi realmente o afastamento da posição de liderança de uma célula religiosa. A partir daí, ele teria, indignado, começado a atribuir posturas inidôneas ao pastor e ele teria feito isso através de mensagens em grupos de whatsapp composto por integrantes da comunidade religiosa”, afirmou a delegada, segundo o Patos Hoje.
“Talvez por isso ele não tenha se dirigido só ao pastor, mas a todo esse grupo de lideranças da igreja, e também à própria Heloísa, que continuou participando e atuante na comunidade religiosa”, afirmou Silva.
Além de Heloísa, Morreram no massacre Marilene Martins de Melo Neves, 52, Rosângela Albernaz, 49 e o pai do pastor – principal alvo de Rudson- Antônio Rama, de 66 anos.