A mobilização mundial dos muçulmanos em caça aos “infiéis” parece, realmente, ter começado, derrubando aos poucos, a ideia de que a maioria dos que seguem o islamismo não são extremistas. Um imã pregou abertamente o assassinato de judeus para apressar o advento do “juízo final”.
Mundhir Abdallah é imã da mesquita Masjid Al Faruq, em Copenhague, Dinamarca – um dos países mais secularizados do planeta. Durante uma reunião, o líder muçulmano usou o trecho de uma hadith (citações atribuídas a Maomé) para pregar o antissemitismo.
“O Dia do Juízo não chegará até que os muçulmanos combatam e matem os judeus”, disse Abdallah, segundo informações da BBC.
A hadith citada pelo imã, diz textualmente “os judeus se esconderão atrás de rochas e de árvores, mas as árvores e as rochas dirão: ‘Oh, muçulmano, Oh, servidor de Alá, há um judeu atrás de mim, venha matá-lo’”, segundo tradução do árabe para o inglês feita pelo Instituto Americano Middle East Media Research (MEMRI).
Os judeus dinamarqueses procuraram a Polícia para pedir a abertura de um inquérito sobre incitação ao ódio. “Tememos que esse tipo de pregação seja visto como um chamado para se praticar atos de violência ou terror contra os judeus”, afirmou Dan Rosenberg Asmussen, líder da comunidade judaica.
Confira o trecho em que o imã prega morte aos judeus citando Maomé (legendado em inglês):
Juízo final
Para uma corrente extremista muçulmana, as ações dos seguidores de Alá podem determinar o dia em que acontecerá a grande batalha entre eles e os infiéis. Prova disso são os planos do Estado Islâmico para decapitar o papa.
Um plano de dominação mundial, guiado por um cronograma, que prevê o extermínio de cristãos e judeus, foi denunciado por um escritor em 2015. Dentro desse plano, construído a pretexto de se fazer cumprir profecias de Maomé, querem que a decapitação do papa promova a batalha do Armagedom até 2025.
As revelações foram feitas pelo escritor Robert Spencer, um pesquisador e estudioso do islamismo, no livro Infidel’s Guide to ISIS (“Guia do infiel para entender o Estado Islâmico”, em tradução livre). Segundo informações da emissora Christian Broadcasting Network, o autor apresenta e explica em detalhes os planos dos extremistas.
Para essa corrente extremista do islamismo, a “batalha final” – evento a que os cristãos se referem como Armagedom – acontecerá daqui a oito anos. Nesse meio tempo, eles vêm se dedicando a cumprir profecias, como por exemplo, a previsão de Maomé sobre a conquista das maiores cidades do antigo Império Romano.
Quando Maomé deixou essa tarefa aos muçulmanos, referia-se a Roma e Constantinopla, que hoje é a cidade turca de Istambul, que já é dominada pelo islamismo e vê a ascensão de um ditador, Recep Tayyip Erdoğan, no comando do país.
Nesse cenário, o símbolo da conquista de Roma – vista como a “capital” do cristianismo, por sua importância durante os primeiros anos da Igreja Primitiva e por ser sede, nos dias atuais, da Igreja Católica – seria a decapitação do papa em praça pública, com transmissão via internet.
Na visão do Estado Islâmico, arquiteto do plano, essa seria a principal condição para o retorno de Mahdi, figura equivalente ao Messias no islamismo. Junto da conquista de Roma, o Estado Islâmico planeja sua expansão também no Oriente Médio, conquistando o Irã e a Arábia Saudita.
“O Estado Islâmico trabalha com um calendário onde […] perto do ano 2025, ocorrerá o Armagedon, a luta final entre o ‘bem e o mal’, ou entre os muçulmanos e os não-muçulmanos”, explica Spencer, lembrando que a conquista de Roma é planejada para 2020.