Um médico abortista que dedicou sua carreira a realizar tais procedimentos colecionou restos mortais de bebês que tiveram sua gestação interrompida por ele. Ao todo, mais de 2.200 bebês foram encontrados em sua casa.
O doutor Ulrich George Klopfer faleceu no dia 03 de setembro aos 75 anos de idade, e passado alguns dias de luto, a família iniciou um inventário de seus pertences. Nesse processo, descobriu que o médico abortista tinha preservado os restos mortais de milhares de bebês em sua casa.
Nove dias após sua morte, um advogado que representava a família do médico abortista entrou em contato com o Serviço de Medicina Legal do Condado de Will, em Illinois, para relatar as descobertas perturbadoras dos parentes.
De acordo com informações do portal Faith Wire, os restos de 2.246 bebês ainda não nascidos foram encontrados totalmente preservados. “O advogado informou ao médico legista que, enquanto examinava os bens pessoais do médico, eles descobriram o que parecia ser restos fetais e solicitaram que o escritório do médico legista do condado de Will providenciasse a remoção adequada”, disse um comunicado da Polícia.
“A família está cooperando totalmente com esta investigação. Não há evidências de que nenhum procedimento médico tenha sido realizado na propriedade. Esta é uma investigação conjunta em andamento pelo Gabinete do Médico do Condado de Will, pelo Gabinete do Xerife do Condado de Will e pelo Gabinete do Procurador do Estado do Condado de Will”, acrescentou a nota.
No vídeo abaixo, o médico Ulrich George Klopfer ainda em vida:
Abortion doctor George Klopfer’s medical license is suspended, stemming from IN Attorney General complaint @WNDU pic.twitter.com/cWQm5b6ue6
— Tricia Harte (@TriciaHarteTV) August 26, 2016
Figura polêmica
Klopfer se envolveu em polêmicas relacionadas ao aborto enquanto era vivo e, em 2016, chegou a ter sua licença suspensa por prazo indefinido após o Conselho de Licenciamento Médico de Indiana puni-lo por casos em que sua ética profissional foi questionada.
O jornal local The Journal Gazette descreveu Klopfer como “o médico de aborto mais prolífico de Indiana na história, com números entrando nas dezenas de milhares de procedimentos em vários condados ao longo de várias décadas”.
A reportagem também teria descrito Klopfer como “um homem que usava essencialmente os mesmos procedimentos de aborto e sedação das décadas de 1970 e 1980”, sem o uso de analgésicos aos pacientes, a menos que eles tivessem menos de 16 anos ou fossem capazes de “pagar mais”.
O escritório do procurador-geral do estado apresentou uma queixa em janeiro de 2016, alegando que seus procedimentos de aborto violavam a lei estadual ao não fornecer pessoal médico qualificado para monitorar pacientes submetidos a procedimentos de aborto.
Durante o processo no Conselho de Licenciamento Médico também foi relatado que Klopfer fez um aborto em um hospital de Illinois em uma menina de 10 anos que estava sendo abusada sexualmente por seu tio. Ele não denunciou o abuso à polícia e permitiu que a criança fosse para casa com seus pais, que estavam cientes do abuso e se recusaram a processar.
Além disso, o médico foi acusado em junho de 2014 por não apresentar um relatório oportuno sobre um paciente menor de idade, que é um delito de classe B. Klopfer supostamente fez um aborto em uma menina de 13 anos e falhou em divulgá-lo publicamente em três dias, conforme exigido pela lei estadual para qualquer paciente com menos de 14 anos. Nos seis meses seguintes ao procedimento ele não entregou o relatório.
No entanto, Klopfer se defendeu alegando que nunca perdeu um paciente em seus mais de 40 anos de prática e argumentou que os homens não têm o direito de fazer uma declaração em oposição ao aborto.
“As mulheres engravidam, os homens não. Precisamos respeitar as mulheres que tomam uma decisão que consideram melhor em sua vida . Eu não estou aqui para ditar a ninguém. Não estou aqui para julgar ninguém”, acrescentou, em sua defesa.
Quando ainda trabalhava, Klopfer operava três clínicas de aborto. Quando questionado pela imprensa sobre a cassação de sua licença, ironizou os ativistas pró-vida: “Bem, deixe-me colocar desta maneira, a Procuradoria Geral da República e os partidários do direito à vida estão juntos na cama. Como é isso?”.
Somente entre janeiro de 2012 e novembro de 2013, de acordo com o escritório do procurador-geral do estado, o médico abortista realizou cerca de 2.405 abortos em suas três clínicas.