Os cristãos iraquianos vêm recebendo ajuda da entidade missionária Portas Abertas para a reconstrução de suas casas, destruídas durante a ocupação de território por parte do grupo terrorista Estado Islâmico.
O retorno dos cristãos à região norte do Iraque, nas cidades de Qaraqosh e Mosul – região descrita na Bíblia como a planície de Nínive – foi iniciado logo após a expulsão do Estado Islâmico da região. Essa reconquista do território permite a entidades de ajuda humanitária realizar um trabalho de reconstrução, já que 90% das moradias foram destruídas.
De acordo com a Missão Portas Abertas, missionários filiados estão auxiliando os cristãos locais na reconstrução de 687 casas. O trabalho conta com o apoio de outras entidades e seus missionários.
A entidade ressalta que a situação é de calamidade na região: “Depois de três anos de ocupação e devastação do Estado Islâmico na sequência da guerra, nossos parceiros locais estão compartilhando histórias de esperança contínua para a planície de Nínive e os crentes que foram forçados a fugir quando os militantes disseram que eles tinham de se converter aos islamismo”.
“Por mais de dois anos, jihadistas islâmicos tentaram apagar qualquer evidência do cristianismo das igrejas que foram queimadas pela cidade. Eles destruíram as cruzes”, pontua o comunicado da Portas Abertas. “O Senhor deu-lhes a força para suportar essas provações, e agora Ele está respondendo suas orações fornecendo ajuda como a que a Portas Abertas tem oferecido”, acrescenta.
Muito do que foi destruído pelo grupo de extremistas são sítios arqueológicos que eram preservados como patrimônio cultural, arquitetônico e histórico. Hoje, o país sofre com a infraestrutura danificada e luta para se reconstruir, enquanto as incertezas políticas causam instabilidade no governo.
Muitos iraquianos consideram o governo incapaz de cumprir a lei e prover o mínimo de segurança a seus cidadãos, e a mídia internacional reporta um crescimento desenfreado da corrupção nas esferas governamentais, e também o aumento da violência.
No meio disso tudo, os cristãos se veem cercados por dois diferentes conflitos: a batalha por sobrevivência contra a ideia de limpeza religiosa difundida entre muçulmanos, que querem exterminar os seguidores de Jesus e os yazidis; e a guerra civil na região do Curdistão iraquiano.
Até agora, segundo a Portas Abertas, a perseguição religiosa no Iraque é marcada pela impunidade dos extremistas islâmicos e o tratamento indiferente das autoridades em relação aos casos de violência contra cristãos.