“O cristianismo é a última esperança da Europa”. A afirmação – verdadeira em qualquer circunstância e válida para todos os continentes – foi feita no último domingo, 18 de fevereiro, pelo primeiro ministro da Hungria, Viktor Orban.
O contexto de sua declaração é a crise de imigrantes muçulmanos que vêm desembarcando no continente europeu. Orban, tido como um ultraconservador pela grande mídia, é contra a imigração em massa pois vê a situação como o princípio da destruição da cultura e tradições dos países da região.
De acordo com informações do Sputnik, Orban frisou que “nuvens escuras pairam sobre a Europa por causa da imigração”. O discurso, sobre o estado da União, foi feito em Budapeste.
“As nações deixarão de existir, o Ocidente cairá, enquanto a Europa nem sequer perceberá que foi invadida […] A oposição [ao conservadorismo] não sente a voz dos tempos”, afirmou, alertando que os políticos que favorecem a entrada de muçulmanos em importantes cidades como Bruxelas, Berlim e Paris, “abriram o caminho para o declínio da cultura cristã e o avanço do Islã”.
“De acordo com estimativas, a proporção de imigrantes crescerá em um ritmo acelerado nos países europeus a nosso oeste […] Até mesmo os alemães de nascença estão sendo forçados a sair da maioria das grandes cidades alemãs, pois os imigrantes sempre ocupam as grandes cidades primeiro”, contextualizou.
O primeiro-ministro – que concorre à reeleição em abril próximo – citou também que a Europa já está ultrapassada e será dominada pelos muçulmanos, mas reiterou que seu governo continuará se opondo aos aos esforços de migração da ONU e da União Europeia.
“Isso significa que a civilização islâmica, que sempre considera sua vocação de converter a Europa ao que chama de ‘fé verdadeira’, no futuro, estará batendo na porta da Europa Central não só a partir do sul, mas também do oeste”, disse ele, fazendo referência à localização dos países de maioria muçulmana.
Viktor Orban é o primeiro-ministro da Hungria desde 2010 e concorre ao terceiro mandato consecutivo. Ele é muito popular no país, mas está cada vez mais em desacordo com os principais políticos da União Europeia, principalmente nessa questão, segundo informações da emissora Christian Broadcasting Network (CBN News).