Uma mulher chamada Cheryl Jones está processando uma igreja no Michigan alegando ter sido ferida por uma senhora enquanto esta estava fora de controle por estar “cheia do Espírito Santo”. Jones alega que estava na igreja Disciples Christian Fellowship quanto uma senhora “recebeu” o Espírito Santo e caiu para trás lhe causando ferimentos.
Jones fez uma denúncia formal à instituição religiosa alegando que não havia ninguém na igreja para segurar a mulher que perdeu o controle durante o culto, e que a culpa é da igreja por não conseguir protege-la dos ferimentos que acabou sofrendo na cabeça, pescoço, costas e nádegas.
Alegando dor física, trauma mental e emocional Jones acusa a igreja por descuido e negligência e pediu indenização de US$ 50.000, valor que seria destinado a pagar seu tratamento médico. Ela alegou ainda que a igreja tem geralmente dois diáconos que ajudam as pessoas que perdem o controle durante o culto, mas que naquele dia, ninguém foi ajudá-la.
Brian Millikan, advogado de Cheryl Jones, disse: “Eles [a igreja] deveriam ter avisado tanto minha cliente quanto as outras pessoas ali deste perigo em potencial. Em especial se eles não vão ter diáconos ou outros membros para ajudar essas pessoas quando caem”.
“A ideia de ser tocado pelo Espírito Santo é render-se. Ao fazer isso, essas pessoas estão rendendo-se a um colapso involuntário. As igrejas parecem tratar esta questão como se o Espírito Santo tirasse a capacidade dos indivíduos em continuar de pé”, disse Jonathan Turley, professor de direito penal na Universidade George Washington, que questiona se a igreja pode ser responsabilizada por não antecipar essas situações.
Turley disse também, ao ABC News, que as pessoas tendem a ignorar seu potencial risco quando entram em frenesi por estarem “cheias do Espírito Santo”.
O caso não é inédito na justiça americana. Outras pessoas já moveram ações similares alegando que igrejas falharam em protegê-las de lesões que sofreram dentro dos templos. Recentemente o Tribunal de Apelações do Michigan confirmou a decisão do júri em cobrar US$ 40.000 em indenizações de uma igreja e afirmou que é “dever da igreja disponibilizar pessoas para aparar os congregantes que eventualmente caem”.
Fonte: Gospel+