A Organização das Nações Unidas (ONU) adotou uma postura oficial contra os cristãos ao condenar a pregação contra o aborto como uma abordagem “fundamentalista” que cercearia os direitos das mulheres, desconsiderando o direito à vida, que é um princípio presente em muitas convenções internacionais e também nas constituições de diversos países.
O posicionamento da ONU se deu após uma queixa da ONG Promsex, sediada no Peru, contra cristãos católicos e evangélicos. No Relatório Especial de Direitos Culturais, a entidade que congrega grande parte das nações do mundo afirmou que “o fundamentalismo religioso tende a causar um impacto desproporcional sobre os direitos das mulheres”.
Entenda-se por “fundamentalismo religioso” qualquer abordagem que se oponha às exigências da visão “progressista” adotada pelos diversos setores da esquerda, incluindo grupos feministas e militantes LGBT.
Na queixa da Promsex, os cristãos são apontados como um grupo contrário ao aborto e perseguidor de organizações feministas que lutam pela legalização da prática no Peru. Diante disso, a ONU afirmou, de forma enfática, que a oposição ao aborto rejeita “a igualdade e universalidade dos direitos humanos, baseando-se em visões mundiais rígidas”.
Em outro trecho de sua queixa, a ONG Promsex também reclama da oposição feita pelos cristãos contra a ideologia de gênero, em um gesto que caracteriza uma tentativa de imposição ideológica, que cercearia as liberdades de pensamento e crença.
“Alguns desses grupos costumam impor sua interpretação de doutrinas religiosas, de modo que as leis e políticas que eles promovem são baseadas em ideias estereotipadas e sexistas sobre as relações de gênero”, diz o documento.
A ONU, da mesma forma, considerou que a postura contrária à ideologia de gênero obriga os países a “prevenir e punir os atos cometidos por atores não estatais, como grupos da sociedade civil, igrejas, entre outros, que são fundamentalistas e extremistas, contrários aos direitos humanos”.
Ao final, a ONG Promsex fez uma definição que cabe bem aos cristãos, dizendo que a comunidade que se une pelo Evangelho é “o muro que os impede de avançar”.