A modificação corporal não é algo recente, nem fruto da sociedade urbana, diferentemente do que muitos imaginam. A prática de alterar à aparência do corpo está presente em várias culturas indígenas, por exemplo, há centenas de anos. Mas, e o implante de chifres?
Implantes também são tão antigos quanto às tatuagens, mas atualmente o uso de chifres parece algo que nasceu do desejo de algumas pessoas em modificar radicalmente à aparência do corpo, como Carol Praddo, moradora de Praia Grande, no litoral de São Paulo.
Ela conheceu o seu marido, conhecido como “Diabão”, em um estúdio de tatuagem. Casados, os dois já transformaram boa parte do corpo utilizando implantes subcutâneos, pintando os olhos (eyeball tattoo) e também fazendo a popularmente conhecida língua de cobra (tongue split).
A última alteração mais significativa de Carol Praddo foi o implante de chifres na cabeça, o que lhe rendeu o apelido de “Mulher Demônia”. Apesar disso, ela afirmou não se preocupar com esse tipo de fama. “Não me incomodo [com o apelido], em hipótese alguma. Tenho orgulho de ser quem eu sou”, disse ela, segundo o G1.
Antes do implante de chifres
Assim como em outras atividades, a modificação corporal acaba surgindo como uma consequência de alterações menores, que vão desde uma simples tatuagem ou um alargador na orelha.
“Uma coisa foi puxando a outra. Iniciei com as tatuagens, comecei a gostar de piercing, me encantei pela área da modificação corporal. Aos poucos a gente foi se identificando, buscando uma aparência diferente, fugindo do padrão aceitável pela sociedade de hoje”, disse Carol.
No meio disso tudo, o casal afirma que possui fé em Deus e que até fez uma oração buscando orientação quanto ao implante de chifres, visto que o objeto está associado popularmente ao demônio.
“Conversei com meu marido e oramos para pedir ajuda para Deus. Já me questionei por medo em relação ao nosso Senhor. Entendemos que Ele não é assim e não julga por isso. É a modificação que eu me sinto mais entusiasmada, feliz e orgulhosa de ter feito”, conclui Carol.