Os Estados Unidos é um dos países onde mais se realiza o aborto no mundo, mas apesar disso um grupo de satanistas, membros do Templo Satânico de Salem, no estado de Massachusetts, está querendo facilitar ainda mais a morte de bebês no ventre materno, oferecendo a prática na forma de ritual.
Isso, porque, mesmo sendo legalizado, o aborto para ser autorizado nos Estados Unidos passa por alguns processos burocráticos, como períodos de espera, aconselhamento, ultrassom e outras exigências que, na prática, também visam confirmar o real desejo da mulher diante disso.
Ao oferecer o aborto em forma de ritual, no entanto, os satanistas alegam que podem agilizar esse processo, tornando a mulher que assim desejar isenta das obrigações tradicionais.
“O TST baseia suas afirmações de isenções de mandato de aborto nas proteções fornecidas por Leis Estaduais de Restauração da Liberdade Religiosa ou RFRA, que geralmente proíbem o governo de interferir substancialmente no livre exercício religioso de uma pessoa”, disse O Templo Satânico em um comunicado à imprensa na época em que anunciou o serviço, conforme notícia do Gospel Mais.
Empresa processada
Diante da iniciativa de oferecer o chamado “ritual de aborto religioso”, o Templo Satânico tratou de fazer a propaganda do serviço. Para isso, tentou contratar uma empresa de outdoors chamada Lamar Advertising, segundo informações da CBN News.
A ideia dos satanistas era anunciar o ritual do aborto em outdoors, a fim de atrair mulheres interessadas na prática. Em um trecho da propaganda estaria escrito: “Nosso ritual de aborto religioso evita muitas restrições estaduais.”
A empresa de publicidade, contudo, se recusou a fazer a propaganda, alegando que o conteúdo dos anúncios é “enganoso e ofensivo”. Assim, o Templo Satânico entrou com um recurso no tribunal estadual do Arkansas, alegando que estaria sendo vítima de discriminação religiosa.
A Lamar Advertising, por outro lado, poderá se defender com base na proteção da sua consciência de crença, também garantida pela Justiça do país. Em outras palavras, nenhum americano é obrigado a fazer um trabalho que vai de encontro à sua própria fé, salvo por vontade própria, claro.