Entidades evangélicas que integram o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) participaram da formulação do Pacto pela Juventude, que foi lançado em Brasília, no dia 22 de julho. O Pacto contém 70 resoluções de Políticas Públicas para a juventude, sendo 22 prioritárias e tem por objetivo manter as discussões sobre os problemas enfrentados pela juventude brasileira e as políticas públicas que podem melhorar a vida do jovem. A Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABUB), Jovens com Uma Missão (Jocum) e Rede Fale representam os evangélicos no Conjuve e buscam defender princípios cristãos em discussões como o Pacto, que definem as ações do governo para a juventude nos próximos anos.
Dentre as propostas principais do Pacto estão a garantia e a visibilidade dos direitos dos negros, a ampliação dos investimentos na educação e a prática de esporte e da cultura como fundamentais para o desenvolvimento dos jovens. De acordo com o presidente do Conjuve, Danilo Moreira, há mais de 50 milhões de jovens na faixa etária de 15 a 29 anos no Brasil, e a atenção aos negros é fundamental para resolver outros problemas, além do preconceito. “A maioria dos jovens que sofrem violência nas grandes periferias são negros. Eles são vítimas por causa de questões sociais, econômicas e raciais”, destacou.
Uma das representantes da ABUB no Conjuve, Sarah Nigri, explica que o Pacto tem como proposta “criar mecanismos de controle social sobre a implementação das políticas públicas de juventude, incentivar a formação de espaços de discussão sobre as resoluções aprovadas na Conferência Nacional, fomentar a criação de órgãos institucionais de juventude nos estados e municípios, enfim, fortalecer o diálogo entre os diversos segmentos da sociedade civil e entre estes e o poder público, além de efetivar uma política de juventude nas três esferas: municipal, estadual e nacional”.
Ela enfatiza a importância da participação da juventude evangélica neste processo. Os debates e ações do Conjuve são as bases que formularão as políticas públicas de juventude, ou seja, fundamentam as decisões do governo direcionados ao jovem nos próximos anos. “Como cidadãos, temos a obrigação de fiscalizar as ações do Estado e também temos o direito de participar da construção de alternativas para a superação das desigualdades sociais em nosso país”, afirma.
Nigri acredita que a participação dos evangélicos nas discussões sobre juventude ainda deixa a desejar. “Precisamos reforçar no meio evangélico a noção de responsabilidade social do cristão e esclarecer que lutar pela justiça e pelos direitos dos excluídos não é uma questão de ‘caridade’, mas parte de nossos deveres como seguidores de Cristo”, enfatiza a estudante.
Conjuve
O Conjuve é o órgão consultivo da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), cujo objetivo é assessorar a formulação de diretrizes da ação governamental, promover estudos e pesquisas acerca da realidade socioeconômica juvenil, assegurar que a Política Nacional de Juventude do Governo Federal seja conduzida por meio do reconhecimento dos direitos e das capacidades dos jovens e da ampliação da participação cidadã. (por Priscila Vieira)
No site da Rede Fale você encontra outras informações sobre o Conjuve e a participação das entidades evangélicas na elaboração das políticas públicas de juventude.
Fonte: Agência Soma