O papa Francisco, em mais um de seus sermões práticos, sugeriu aos fiéis que deixem de ir às missas caso a celebração se torne um hábito social, e disse que a busca pela “misericórdia de Deus” deve ser feita de maneira consciente.
As afirmações foram feitas durante uma audiência na Praça São Pedro na última semana. Francisco ressaltou que o cristão não deve buscar ao Senhor “porque ele se acha ou quer parecer melhor do que os outros, mas porque ele reconhece que precisa ser recebido e revigorado pela misericórdia de Deus”.
Ainda no mesmo contexto, o pontífice católico foi bastante objetivo em sua ilustração que pretendia transmitir a ideia de que o culto à Deus deve ser feito de maneira sincera: “Se um de nós não acha que precisa da misericórdia de Deus, se ele não se considera um pecador, é melhor que ele não vá à missa”, frisou.
O amor ao próximo também foi abordado pelo papa: “Quando eu vou à missa, como eu vivo essa experiência?”, perguntou Francisco, condenando a postura indiferente de muitos cristãos às mazelas sociais. “Talvez eu esteja ocupado demais jogando conversa fora: ‘Viu como ela está vestida?’ ‘Olha como aquele está vestido!’ Às vezes fazemos isso depois da missa, e não devemos”, disparou.
Dilma no Vaticano
A presidente Dilma Rousseff (PT) será recebida pelo papa Francisco na próxima sexta-feira, 21 de fevereiro, na cerimônia de oficialização do arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, como cardeal.
“Eu vou prestigiar o nosso cardeal, dom Orani Tempesta. Vou prestigiá-lo. Acho importante o governo brasileiro se fazer presente em um momento desse”, afirmou Dilma numa coletiva a rádios do Piauí na última terça-feira, 18 de fevereiro.
A presidente também elogiou a postura de Francisco, que segundo ela, “olha para as pessoas” com uma visão mais próxima da realidade: “Ele é um papa argentino e ele tem uma visão dos problemas dos nossos países”, acrescentou.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+