Bento XVI denunciou esta manhã as perseguições de que os cristãos continuam a ser alvo nos nossos dias.
“No mundo de hoje, os cristãos ainda são perseguidos, presos e torturados por causa da sua fé em Cristo, e algumas vezes, também sofrem e morrem pela sua comunhão com a Igreja universal e pela fidelidade ao Papa”, referiu.
O alerta papal foi lançado durante a oração do Angelus na Praça São Pedro, dedicada à memória litúrgica de Santo Estevão – primeiro mártir cristão. “Quantos filhos e filhas da Igreja seguiram este exemplo ao longo dos séculos. Desde a primeira perseguição, em Jerusalém, à praticada pelos imperadores romanos, até a longa lista dos mártires de nossos dias…”, indicou.
“Ainda hoje, não raramente, temos notícias, de várias partes do mundo, sobre missionários, bispos, religiosos, religiosas e fiéis leigos perseguidos, presos, torturados, privados da liberdade ou impedidos de exercê-la por serem discípulos de Cristo e apóstolos do Evangelho”, prosseguiu.
A perseguição por causa da “fidelidade ao Papa” é particularmente sentida na China, onde o regime comunista apenas admite a existência de uma Igreja “patriótica”, controlada por Pequim, remetendo para a clandestinidade os católicos ligados ao Vaticano.
Perante milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, Bento XVI recordou a experiência do mártir vietnamita Paolo Le-Bao-Thin (morto em 1857), notando que o seu sofrimento se transformou em alegria mediante a força da esperança, que provém da fé. Assim como Cristo, e mediante a união com Ele, “aceitou no seu íntimo a cruz, a morte e transformou-a num gesto de amor”.
“Aquilo que visto do exterior parece violência brutal, tornou-se, a partir o do interior, um acto de amor, de doação total. Assim, a violência pode transformar-se em amor, e a morte, em vida. O mártir cristão actualiza a vitória do amor sobre o ódio e a morte”, precisou.
Nas saudações, o Papa pediu aos fiéis que mantenham, nestes dias, o clima espiritual de “alegria e serenidade” do Natal.
Fonte: Agência Ecclesia