A Conferência Nacional de Educação (CONAE) de 2024, realizada dias atrás, continua repercutindo negativamente entre os líderes evangélicos do país. O evento que teve por objetivo elaborar o Plano de Educação que estará em vigor no país pelos próximos dez anos, está sendo acusado de ser uma pauta anticristã.
Chamado oficialmente de Plano Nacional de Educação (PNE), o programa é elaborado a partir de propostas feitas pelos integrantes do CONAE. Sob o atual governo Lula, a última edição do evento acabou chamando atenção pelo viés explicitamente ideológico das pautas sugeridas.
Com isso, o pastor Michel Piragine, da Primeira Igreja Batista de Curitiba, no Paraná, veio a público para fazer um alerta aos cristãos, somando-se a outras vozes como a dos juristas que integram a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), que também já se manifestou.
“Dentro dos apontamentos [da CONAE], eu anotei aqui: criminalização do homeschooling [ensino domiciliar], interferência nas escolas confessionais, ideologia de gênero, inclusão da linguagem neutra. Tem um monte de coisa que vai contra os nossos princípios!”, diz o líder evangélico.
“Em nome de Jesus, precisamos nos levantar nesses dias e nos posicionar”, completa Piragine. O recorte do aperta feito pelo líder religioso foi compartilhado por um influenciador, que disse ter estado presente no evento do CONAE.
“Como cristãos, é nosso dever denunciar o governo e suas instituições quando se posicionam em relação a pautas caras para nós”, diz o influenciador Guilherme Kilter, que possui mais de 100 mil seguidores apenas no Instagram.
‘Flagrante perseguição’
O novo Plano de Educação também foi criticado pela senadora Damares Alves, que classificou as propostas do CONAE como “flagrante perseguição” político-ideológica aos conservadores do país.
“É perceptível no documento tendências ideológicas contrárias ao pensamento conservador, o que denota o caráter antidemocrático da CONAE”, escreveu a senadora ao comentar as propostas radicais. Assista:
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