Um dos principais alvos da atenção dos líderes cristãos, no Brasil, é o ensino nas escolas públicas do país, o que não é por acaso. Sob o atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma nova Resolução do MEC publicada no Diário Oficial da União (DOU) na última quinta-feira (14) é um claro exemplo disso.
Isto, porque, a Resolução nº 2, do Ministério da Educação (MEC), estabelece novas diretrizes para a educação em todo o Ensino Médio do Brasil, sendo uma delas a valorização da “identidade de gênero”.
Na prática, a medida atual revoga a Resolução CNE/CEB nº 3, de 21 de novembro de 2018, que está vigente até então, mas que será substituída a partir do próximo dia 2 de dezembro, quando a nova Resolução entrar em vigor.
Ponto crítico
Para o pastor Lourenço Stelio Rega, que além de mestre em Teologia também é mestre em Educação, o ponto crítico sobre a nova Resolução do MEC está em dois incisos contidos no artigo 37 do texto, o qual reproduzimos abaixo, com destaque nosso:
V – o comportamento ético, como ponto de partida para o reconhecimento dos direitos humanos e da cidadania, e para a prática de um humanismo contemporâneo expresso pelo reconhecimento, respeito e acolhimento da identidade do outro e pela incorporação da solidariedade
XIV – a valorização e promoção dos direitos humanos mediante temas relativos a gênero, identidade de gênero, raça e etnia, religião, orientação sexual, pessoas com deficiência, entre outros, bem como práticas que contribuam para a igualdade e para o enfrentamento de todas as formas de preconceito, discriminação e violência sob todas as formas
Além do texto trazer o conceito ideológico de “identidade de gênero”, que não possui consenso acadêmico justamente por ser fruto da ideologia de gênero, para Rega a Resolução também não contempla a família como instituição máxima no reconhecimento e formação da identidade humana.
“Essa norma caracteriza a agenda do atual governo brasileiro, que é a desmobilização da família e o incentivo à autonomia ampla, total e irrestrita do adolescente, do jovem e da criança”, disse ele, segundo a Revista Comunhão.
O pastor conclui dizendo que a nova Resolução do MEC menospreza, em outras palavras, o lugar da família sobre a formação humana, algo que deve servir de alerta para os cristãos..
“Esta é uma agenda mundial, de descaracterizar a atuação da família como agente participante na formação do jovem, do adolescente e da criança, tornando a família apenas como mantenedora, sustentadora e protetora, mas não aquela que participa da formação emocional e de valores”, conclui.