A tentativa de violação da liberdade religiosa de um professor cristão chamado Peter Vlaming não deu certo. Felizmente, após uma batalha judicial que foi parar na Suprema Corte do estado da Virgínia, Estados Unidos, o docente saiu vitorioso, tendo agora o direito de receber uma indenização de mais de meio milhão de dólares (mais de R$ 3 milhões de reais).
Conforme o GospelMais havia noticiado em 2022, tudo começou quando Vlaming se recusou a chamar uma aluna “trans”, biologicamente feminina, por um pronome masculino. À época, o professor disse que isto iria de encontro à sua consciência e seus valores, pois implicaria em mentir.
“Eu adorava ensinar francês e graciosamente tentei acomodar todos os alunos da minha classe, mas não podia dizer algo que violasse diretamente minha consciência”, disse ele à CBN News.
Como resultado, o docente foi demitido da escola onde atuara por quase dez anos. Para Vlaming, tudo porque seus valores entraram “numa rota de colisão com os administradores escolares” que queriam, a todo custo, impor aos funcionários “apenas uma perspectiva sobre a identidade de género”.
Vitória esmagadora
O caso foi parar na Justiça americana e o professor foi defendido pelo escritório advocatício Alliance Defending Freedom (ADF), que apresentou como fundamento o direito do professor de não concordar com algo que fosse de encontro à sua fé, incluindo, obviamente, o seu próprio conhecimento científico.
Em seu voto, representado pela maioria do Tribunal, o juiz D. Arthur Kelsey concordou que a divergência de pensamento não pode ser tolhida em prol de alguns, sendo essa a a base de uma sociedade livre e democrática.
O magistrado frisou que a decisão da Corte buscou “proteger a diversidade de pensamento, diversidade de discurso, diversidade de religião e diversidade de opiniões”, ressaltando que “nenhum governo comprometido com esses princípios pode legalmente coagir seus cidadãos a prometer lealdade verbal a visões ideológicas que violam suas crenças religiosas sinceramente mantidas”.
Feliz com sua vitória e com a indenização por danos morais e custos advocatícios, o professor cristão agradeceu o apoio recebido, dizendo esperar que o seu caso sirva de exemplo para futuras ocorrências.
“Estou muito grato pelo trabalho dos meus advogados na Alliance Defending Freedom para trazer o meu caso à vitória, e espero que ajude a proteger todos os outros professores e os direitos fundamentais da Primeira Emenda do professor”, concluiu.