Mais um trágico caso de perseguição religiosa ocorreu recentemente, resultando na morte do pastor nigeriano Emanuel Saba Bileya e da sua esposa, Juliana, que estava grávida, na Nigéria. Eles foram mortos a tiros, deixando para trás oito filhos.
Segundo um comunicado da Fundação Hausa Christians, o pastor e a companheira foram mortos por pistoleiros da região onde viviam, em Donga.
“Foi um ataque ao pastor e sua esposa na fazenda deles. Enquanto trabalhavam na fazenda, subitamente homens armados chegaram e abriram fogo contra eles, levando à morte do pastor e de sua esposa”, relatou um porta-voz da polícia estadual.
De acordo com o perfil do linkedin do pastor, ele era bem ativo, atuou por 5 anos no Seminário Teológico Veenstra em Donga, após concluir o mestrado em Teologia no Seminário Teológico Calvin, em Michigan, Estados Unidos, em 2014.
Ele também atuou como pastor numa Igreja Reformada Cristã na área do governo local de Donga, segundo informações do Christian Post.
“No que está sendo observado como uma guerra direta sistemática contra o cristianismo na Nigéria, pastores, líderes cristãos e seminaristas são sequestrados ou mortos a cada semana”, diz a declaração da Fundação Hausa Christians.
“Os cristãos na Nigéria foram alvo de muitos ataques dos cruéis terroristas islâmicos jihadistas do Boko Haram, ataques de Fulani e muitos outros sequestros nos últimos tempos”, completou.
Algumas notas de indignação já foram emitidas após o assassinato cruel do casal, entre elas a do governador local de Taraba, Darios Ishaku, mas os cristãos nigerianos precisam de muitos mais do que apenas manifestações de repúdio.
Eles precisam de leis de proteção à liberdade religiosa, o cumprimento delas e o apoio das autoridades e órgãos internacionais para combater e eliminar o radicalismo religioso no país.
“O assassinato do pastor e de sua esposa é cruel e desumano”, diz a declaração do governador, de acordo com o jornal This Day da Nigéria.
“Matanças dessa natureza aconteceram com muita frequência recentemente nas comunidades do sul de Taraba e isso é inútil para os esforços contínuos do governo para alcançar uma paz duradoura entre as comunidades da região”, concluiu.