As lutas de MMA e a audiência ao UFC é um tema que, de tempos em tempos, incentiva o debate entre evangélicos. Para alguns, trata-se de um esporte como outro qualquer; para outros, é extremamente violento e não deve ser acompanhado ou praticado por um cristão.
Nesse contexto, o pastor Renato Vargens compartilhou uma reflexão feita após ser abordado por um irmão na fé, que com sua opinião formada, classificou o esporte como uma expressão da obra maligna do diabo.
“Há pouco um irmão amado me disse: pastor, esse negócio de UFC é coisa do diabo! Um crente em Jesus não pode se envolver com um esporte tão violento como esse! Isso é sangrento demais! Isso sem falar que a prática de artes marciais oferece legalidade a satanás”, relatou Vargens.
O pastor – que também é escritor e líder da Igreja Cristã da Aliança, em Niterói (RJ) – disse que, a seu entender, praticar ou assistir as lutas desse esporte não caracteriza um pecado: “A capacidade de alguns dos evangélicos […] ‘demonizarem’ a vida é de apavorar qualquer um. Confesso que fico chocado com afirmações deste povo! Ora, afirmar que o UFC é obra do Coisa Ruim é demais da conta”, escreveu.
“Tudo bem que as lutas são fortes e em alguns casos demasiadamente violentas, todavia, afirmar que isso se deve ao cramulhão é viajar na maionese. Prezado amigo, posso dar uma sugestão? Você pode até não gostar das lutas e do UFC, (o que é um direito seu), todavia, não satanize o que não pode ser satanizado! Não demonize um esporte simplesmente pelo fato de que você o considera violento demais”, orientou o pastor.
Ao final, Vargens afirmou que a decisão sobre acompanhar ou praticar o esporte “encontra-se na esfera da pessoalidade e não doutrinária”, e assim, não se pode julgar quem pensa em sentido oposto: “Não quer ver, não veja, contudo não condene quem vê, nem tampouco espiritualize o que não deve ser espiritualizado”, concluiu.
Confira, abaixo, a íntegra do artigo publicado no portal Pleno News:
Ultimamente tenho ouvido inúmeras pessoas criticarem ou falarem mal do Ultimate Fight Championship. Pois é, alguns rejeitam o esporte em questão por acharem violento demais, outros, por acreditarem que qualquer tipo de luta marcial é coisa do cão.
Bom, o Ultimate Fight Championship, ou UFC, é um evento de luta realizado periodicamente, que reúne os melhores atletas de MMA ou Mixed Martial Arts (Artes Marciais Mistas).
Segundo os especialistas no assunto, o UFC é como se fosse a liga dos lutadores e é um dos esportes mais conhecidos e comentados do mundo. Nos Estados Unidos já é considerado o substituto do Boxe, tendo em suas lutas enormes apostas e a presença dos mais variados tipos de celebridades e magnatas.
As lutas são realizadas em um ringue chamado de Octagon. Nas regras, a luta acaba ao final do número de rounds (sendo mais comum 3 rounds de 5 minutos nas lutas preliminares e 5 rounds de 5 minutos nas lutas principais) ou quando um oponente é imobilizado ou nocauteado.
Há pouco um irmão amado me disse: Pastor, esse negócio de UFC é coisa do diabo! Um crente em Jesus não pode se envolver com um esporte tão violento como esse! Isso é sangrento demais! Isso sem falar que a prática de artes marciais oferece legalidade a Satanás.
Caro leitor, a capacidade de alguns dos evangélicos criarem “demonizarem” a vida é de apavorar qualquer um. Confesso que fico chocado com afirmações deste povo! Ora, afirmar que o UFC é obra do Coisa Ruim é demais da conta não é verdade? Tudo bem que as lutas são fortes e em alguns casos demasiadamente violentas , todavia, afirmar que isso se deve ao cramulhão é viajar na maionese.
Prezado amigo, posso dar uma sugestão? Você pode até não gostar das lutas e do UFC, (o que é um direito seu), todavia, não satanize o que não pode ser satanizado! Não demonize um esporte simplesmente pelo fato de que você o considera violento demais.
Outro ponto importante a ser ressaltado é que NINGUÉM tem o direito de impor suas percepções doutrinárias relacionados a luta esportiva ao povo de Deus. Ouso afirmar, que assistir ou não o UFC encontra-se na esfera da pessoalidade e não doutrinária, o que permite com que o individuo decida segundo a sua consciência se deve ou não assistir as lutas em questão.
Não quer ver, não veja, contudo não condene quem vê, nem tampouco espiritualize o que não deve ser espiritualizado.
Pense nisso!