A campanha eleitoral tem mudado a rotina de diversas igrejas evangélicas, que passaram a ser palco de disputas ferrenhas entre candidatos “oficiais” e acusações de que os concorrentes de fora pagam pastores para que eles peçam votos.
Com 100 mil membros no Paraná, a Igreja Quadrangular tem dois representantes disputando a eleição: o candidato oficial Fernando Guimarães e o deputado estadual Ailton Araújo (PPS). Ambos travam uma concorrida busca por votos da própria igreja. Mas o deputado reclama mesmo é da “invasão” de candidatos de fora. “Eles ajudam com areia, cimento, ofertas em dinheiro, mas depois fazem a cobrança. Os pastores estão recebendo para dar apoio a candidatos e eu não tenho como financiar. Quem tem dinheiro está pagando muito bem. A gente fica decepcionado porque você faz e, na hora que pensa que vai colher alguma coisa, tem outro na frente”, diz Araújo.
Outras igrejas mudaram a rotina durante a campanha para evitar problemas com a Justiça Eleitoral. A Assembléia de Deus, que tem cerca de 300 mil membros no Paraná, suspendeu os cultos ao ar livre porque poderiam ser interpretados como showmícios quando há presença de candidatos. A Igreja também decidiu promover reuniões políticas fora das igrejas, em hotéis e restaurantes. Alguns pastores estão proibindo também a distribuição de material de campanha na rua em frente das igrejas.
Fonte: Gazeta do Povo Online