Pastores evangélicos prometem entregar nesta quarta-feira (17) à coordenação da campanha de Marta Suplicy, um manifesto de repúdio contra a candidata do PT à Prefeitura de São Paulo.
O motivo, segundo os representantes do Conselho Nacional de Pastores do Brasil (CNPB) é uma representação, com pedido de liminar, impetrada pela coligação de Marta na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. A ação provocou a suspensão, pela Justiça, de enquetes sobre projetos de autoria de Marta, favoráveis ao aborto ou à união civil de casais homossexuais, realizadas pelo programa “Palavra de Vida”, veiculado pela rádio[bb] Musical FM.
“Vamos primeiro tentar sensibilizá-la. Estamos fazendo uma manifestação de repúdio porque estamos defendendo idéias que achamos corretas pela Bíblia. Estamos sendo injustiçados”, afirma o pastor Dilmo dos Santos, diretor da CNPP em São Paulo, que não descarta recorrer à Justiça pela volta das enquetes.
No manifesto, os pastores afirmam que a ação da candidata “fere a livre manifestação de opinião e crença daqueles que não pactuam com os mesmos pensamentos de cunho religioso”.
Em nota, a assessoria da coligação de Marta afirma que a liminar, concedida pelo juiz Marco Antonio Martin Vargas, “confirma que o conteúdo do programa[bb] 'Palavras da Vida', é calunioso”.
Segundo a assessoria, o juiz impede a emissora de manter no ar a enquete “Dona Marta ou a Bíblia”, por fazer críticas à postura da candidata.
“Reiteramos que a representação da coligação trata exclusivamente da prática de calúnia e difamação no programa da referida emissora[bb]. A candidata Marta Suplicy tem um histórico de apoio à liberdade religiosa e de respeito a todas as crenças”, diz o texto.
Segundo o pastor, as enquetes citavam o nome de Marta por ser ela a autora de projetos de lei sobre os temas. Ele nega que o manifesto tenha cunho político.
“O manifesto é do Conselho Nacional de Pastores do Brasil, que tem alguns representantes que são políticos, mas não é partidário”, afirma. O presidente do conselho, segundo Santos, é o também pastor Manoel Ferreira, deputado federal pelo PTB.
Fonte: G1