Uma pesquisa recente descobriu que a ampla maioria de mulheres que optam pelo aborto de gestações indesejadas possuem algum vínculo com a fé cristã.
De acordo com o instituto Lifeway Research, o estudo foi feito nos Estados Unidos apenas com mulheres que já abortaram, e 70% delas se identificaram como cristãs.
O relatório da pesquisa aponta ainda que 43% dessas mulheres disseram que na época em que fizeram o aborto frequentavam a igreja pelo menos uma vez ao mês.
Segundo informações do Christian Post, a pesquisa descobriu ainda que 20% das mulheres entrevistadas tinham hábito de ir à igreja semanalmente quando decidiram interromper a gestação. Outros 6% iam às celebrações mais de uma vez por semana.
O posicionamento quase unânime das igrejas contra o aborto fez com que apenas 7% dessas mulheres tenham compartilhado a decisão de interromper a gravidez com outras pessoas de sua igreja. A maioria, 52%, revelou que nunca falou sobre isso com ninguém da igreja.
Um dado curioso da pesquisa – que aponta coerência, de certa forma – revelou que 76% das cristãs que fizeram o aborto disseram que a igreja não teve nenhuma influência em sua decisão.
Fofoca
64% das entrevistadas disseram ter a impressão de que as pessoas que frequentam as igrejas estariam mais propensas a fofocar sobre o assunto do que ajudá-las na compreensão de suas opções em relação à gravidez.
A perspectiva negativa em relação à igreja fez com que 36% dessas mulheres dissessem que esperavam uma postura de julgamento, enquanto 26% disseram ter vivido essa situação.
O relatório mostrou ainda que 54% das mulheres não recomendariam a uma amiga ou membro da família que se aconselhassem com alguém da igreja sobre o assunto.
Scott McConnell, vice-presidente da Lifeway, afirmou que essa descoberta é uma grande oportunidade para as igrejas reavaliarem sua forma de tratar o assunto.
Já Roland C. Warren, presidente da organização Net Care, que se dedica a dar suporte à gravidez, disse que “enquanto muito trabalho ainda precisa ser feito para equipar a igreja a ajudar essas mulheres, sinais positivos mostram que muitas igrejas estão receptivas a implementar uma programação para atender a essa necessidade”.