Com o objetivo de levar uma palavra de fé e esperança para os próprios Policiais Militares do Estados de São Paulo, surgia há 19 anos a associação sem fins lucrativos e interdenominacional chamada PMs de Cristo que é fruto da inquietação de alguns militares cristãos que na época viam-se distantes de suas igrejas e oprimidos pela ideia de que o binômio Deus e Polícia não combinava com a realidade das ruas.
A primeira reunião foi organizada pelo jovem Alexandre Marcondes Terra, um cadete do Barro Branco, hoje Tenente Coronel da Polícia Militar, com 32 anos de carreira militar, chefe da Assistência Policial Militar da Coordenadoria Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs). Ele havia tomado conhecimento da existência da União dos Militares Cristãos Evangélicos do Brasil (UMCEB) e da União dos Policiais Militares Evangélicos do Estado do Rio de Janeiro (UEPMERJ) ele buscou o apoio do Capitão Alberto Resende de Oliveira para implantar em São Paulo uma associação nos mesmos moldes.
Após três meses de oração, buscando a direção de Deus, eles conseguiram reunir 74 militares para sua primeira reunião. Hoje,sustentada por contribuições voluntárias de parceiros e abnegados associados , a associação possui cerca de 1.500 integrantes e aproximadamente 50 Núcleos em todo Estado e um batalhão de policiais militares evangélicos para unir. O último censo realizado internamente pela Polícia Militar em 2011 indica que entre os 138 mil policiais militares – 100 mil da ativa e 38 mil aposentados – há em torno de 25 mil policiais militares evangélicos em todo o Estado.
“Hoje, graças a Deus, temos mais policiais sensíveis ao chamado de Deus e a própria igreja começou a compreender o papel do policial, a serviço do bem comum e também da Associação PMs de Cristo, como missão interdenominacional. A própria Polícia valoriza mais o policial militar como figura humana e incentiva a espiritualidade”, disse o Ten Cel Alexandre Marcondes Terra sobre o que mudou nesses 19 anos de PMs de Cristo.
De acordo com ele no começo do ministérios muitos policiais tinham vergonha de assumir que eram cristãos, outros acabavam se desviando assim que iniciavam a carreira e tinha até alguns que eram desprezados pelas igrejas por se tornarem policiais.
Para manter os PMs de Cristo como uma associação interdenominacional é necessário deixar os interesses pessoais para poder não colocar em xeque as diferenças doutrinárias, conforme explica o tenente. “Nós compreendemos que este chamado de Jesus é muito maior que nossos interesses pessoais; que a desunião é destruição, porque ela faz com que vidas deixem de conhecer o Evangelho e se percam. Somos uma missão e não discutimos costumes denominacionais. Sabemos que maior é o que nos une do que nossas eventuais diferenças”.
Hoje os PMs de Cristo tem também um papel importante não só na corporação como também na sociedade. “O PM de Cristo pode fazer a diferença ao atuar como um facilitador e mobilizador comunitário, aproximando os seus amigos, a sua igreja e a sua comunidade da unidade policial do bairro, divulgando os serviços, sites e ações positivas e também chamando pessoas para participarem do Conselho Comunitário de Segurança local. Ele deve se posicionar como instrumento de Deus, colocado por Ele para promover a paz e proteger as pessoas”, explica o Ten Coronel Alexandre Terra.
Fonte: Gospelprime