Pelo menos 15 pastores cristãos foram presos no Zimbábue na semana passada por presidirem uma reunião de oração perto de Harare, sem permissão expressa da polícia.
Eles faziam parte de um grupo que se encontrou na cidade de Chitungwiza, ao sul de Harare, no sábado, e que integra o Movimento para Mudança Democrática (MDC, sigla em inglês).
Os parlamentares do MDC Sikhala e Goodwich Chimbaira também compareceram à reunião, mas não foram presos.
Os pastores foram multados e liberados no sábado. Mas na segunda-feira à noite voltaram a ser detidos.
A polícia não confirmou as detenções. Também não foi possível falar com os advogados para tentar descobrir o teor das acusações e o porquê deles ainda estarem atrás das grades.
“A prisão destes pastores é um indicativo da agressão continuada sobre a liberdade das pessoas. Os cidadãos do Zimbábue têm o direito dado por Deus de exercitarem suas convicções religiosas, inclusive os cidadãos coletivamente políticos”, disse o MDC em um comunicado.
De acordo com as leis de segurança do país, qualquer reunião pública requer uma autorização especial da polícia. Normalmente reuniões de oração são dispensadas da obrigação, mas desta vez a polícia resolveu fazer uma incursão explícita.
Dezenas de pessoas foram presas e ficaram feridas em um confronto direto, o que foi motivo para que ativistas internacionais condenassem o ato.
A Portas Abertas continua a monitorar a situação no Zimbábue a fim de que a igreja se levante em prol dos direitos humanos e da democracia.
Fonte: Portas Abertas