Premiado como “Personalidade do Ano” pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) aproveitou a cerimônia para, mais uma vez, manifestar gratidão a Deus pela chance de continuar vivo após o atentado sofrido em setembro do ano passado em Juiz de Fora (MG).
Durante o evento na última quinta-feira, 16 de maio, organizado pelo World Affairs Council de Dallas-Fort Worth, em Dallas, Texas (EUA), Bolsonaro discursou para uma plateia de dezenas de empresários, além de ministros do governo brasileiro.
Ao longo de aproximadamente 13 minutos, Bolsonaro falou de improviso, expressou satisfação pela aproximação do governo brasileiro com os Estados Unidos após sua posse, criticou seus antecessores e também a conduta adotada por setores da esquerda, que formam a oposição.
Quando abordou sua eleição em outubro passado, referiu-se à vitória como um evento sobrenatural: “Realmente aconteceu o que eu chamo de milagre, no Brasil. Ou melhor, dois milagres. Um, eu agradeço a Deus pela minha sobrevivência. E o outro, pelas mãos de grande parte dos brasileiros, alguns morando aqui nos Estados Unidos, me deram a missão de estar à frente desse grande país, que tem tudo para ocupar um local de destaque no mundo, mas que, infelizmente, por políticas nefastas de gente que tinha ambição pessoal acima de tudo, não nos deixaram ascender”, declarou Bolsonaro.
O presidente voltou a falar sobre o período que antecedeu a eleição, e disse que até na própria família havia dúvidas de que ele pudesse derrotar os demais adversários. Entretanto, disse que sua disposição em disputar o pleito nunca foi motivada por ambição pessoal: “Com verdade, comecei andando sozinho por todo o Brasil. Às vezes, gente da própria casa achava que tinha algo errado comigo, tendo em vista o que eu almejava. Mas não almejava por mim, sabia dos problemas”.
Em outro trecho de seu discurso, Bolsonaro lembrou do momento em que se viu diante de uma reflexão que o motivou a apertar o passo em busca da vitória: “Eu sempre dizia nas minhas andanças: ‘olhe o que Israel não tem e veja o que eles são. Agora olhe o que o Brasil tem e o que nós não somos’. Onde está o erro? Onde está o ponto de inflexão? E eu me apresentei para ser esse ponto de inflexão”, concluiu, de acordo com informações da Agência Brasil.