A estratégia do pastor Silas Malafaia, baseada em “não demonizar partidos” para ter liberdade de criticar e apoiar políticos de uma mesma legenda, parece ter encontrado um obstáculo para as eleições de 2014.
O novo presidente do Partido dos Trabalhadores no Rio de Janeiro, Washington Quaquá, afirmou que o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) não é a melhor ponte para o partido se aproximar do eleitorado evangélico.
“Pegou mal no PT a foto do Lindbergh com o Malafaia. Não há problema em ter apoio dele, isso não se nega. Mas não era preciso uma foto dos dois juntos. É a ‘teologia da prosperidade’, não podemos ter nele o símbolo de nossa aproximação com os evangélicos”, disse Quaquá em entrevista ao site da revista Veja.
Na declaração, Quaquá transparece que a imagem de Silas Malafaia fora do meio evangélico é associada à teologia da prosperidade, linha de pregação que enfatiza os ganhos materiais e que diversas vezes foi o pano de fundo de inúmeras polêmicas e desvios doutrinários.
Quaquá, que é prefeito da cidade de Maricá, vê na petista Benedita da Silva, deputada evangélica membro das Assembleias de Deus, o caminho ideal para que o PT se reaproxime dos evangélicos, apesar da agenda do partido ser favorável à legalização do aborto e do famigerado PL 122, que classifica pregações contra a homossexualidade como homofobia.
“A deputada Benedita da Silva, que tem ótima interlocução com o segmento, vai passar a marcar encontros do Lindbergh com pastores para selarmos essa aproximação”, contou, reafirmando a posição do senador Lindbergh Farias como o pré-candidato do PT ao Palácio das Laranjeiras.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+