O pré-candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs recentemente que o país bloqueie a entrada de muçulmanos como forma de conter o avanço dos atentados terroristas planejados e executados por extremistas islâmicos.
A proposta – polêmica, no mínimo – foi rebatida por todos os outros pré-candidatos republicanos e até pela adversária do Partido Democrata, Hillary Clinton, e Trump foi severamente criticado. Até a Casa Branca emitiu nota afirmando que a declaração de Trump o desqualificava para o cargo de presidente dos Estados Unidos.
No entanto, Trump recebeu manifestação de apoio do influente pastor Franklin Graham, crítico ferrenho da administração Barack Obama e um dos principais formadores de opinião no meio evangélico que defendem uma postura mais rígida contra os muçulmanos extremistas.
Em sua página no Facebook, Franklin Graham afirmou que “os políticos em Washington parecem totalmente desconectado com a realidade”, e que a ideia de que a proposta de Trump seria absurda é falta de visão das autoridades.
“Por algum tempo, eu tenho dito que a imigração muçulmana aos Estados Unidos deve ser interrompida. Donald J. Trump tem sido criticado por alguns por ter dito algo semelhante”, escreveu, antes de citar estatísticas obtidas por uma pesquisa realizada pelo Centro Político de Segurança que mostram que um grande número de muçulmanos norte-americanos considera justificáveis os atentados contra o país.
O texto de Graham repercutiu positivamente entre diversos de seus seguidores, e nas primeiras 24 horas, teve mais de 43 mil compartilhamentos.
Graham, que representa o pensamento conservador, presente em uma significativa parcela da população, não tem recebido manifestações de apoio em suas propostas de outros líderes cristãos, assim como Trump, que foi comparado a Adolf Hitler e Benito Mussolini em charges publicadas pela mídia.