Atualmente, com o número de mídias digitais e o acesso cada vez mais fácil da internet, a indústria pornográfica ampliou seu alcance, atingindo mais ainda os jovens. Isso têm sido observado por especialistas em comportamento humano em várias partes do mundo, sendo o vício em pornografia e a alteração das práticas sexuais a maior consequência desse mal.
O psiquiatra britânico cristão e autor Glynn Harrison, é um dos profissionais que estudam o assunto e faz alertas quanto aos perigos da pornografia, também, entre os cristãos: “Isso cria uma ilusão de controle, porque proporciona acesso rápido e fácil à estimulação sexual”, disse ele, segundo o Evangelical Focus.
O fator chave nesse entendimento está no fato de que a pornografia são práticas que, além de promover a prostituição, também incentiva comportamentos nocivos ao ser humano. Ao consumir pornografia, a pessoa procura trazer para a realidade práticas que são, na realidade, destrutivas para o corpo e às emoções humanas:
“A pornografia cria uma ilusão de controle, pois oferece acesso rápido e fácil à estimulação sexual. Todos os meios normais pelos quais fomos criados, como o amor: namoro, conhecer bem alguém, o ato de se apaixonar e desenvolver uma excitação mútua, simplesmente é tudo ignorado. Isso cria para o coração humano uma ilusão de controle: é fácil, é gerenciável, ninguém tem preocupações, sem sentimentos para vivenciar e sem esforço”, disse Harrison.
O psiquiatra diz que a pornografia é uma forma de idolatria, como uma espécie de culto ao corpo e ao prazer carnal imediato, sem levar em consideração o propósito de Deus para a sexualidade humana:
“A melhor lente para entender a pornografia é a lente bíblica da idolatria, usando as coisas da criação de Deus, muitas vezes boas em si mesmas, para o propósito incorreto. As raízes do pecado explicadas por Paulo em Romanos 1: 21-22: em vez de dar graças a Deus, devolvendo a glória a Ele, pegamos as coisas boas de Sua criação e fazemos delas ídolos para nós”, disse ele.
Harrison explicou que a pornografia desencadeia um padrão vicioso no cérebro, condicionando o ser humano para querer sempre mais, devido à libração de dopamina e endorfina, substâncias também desencadeadas pelo uso de entorpecentes.
“A pornografia é uma distorção de algo que é fundamentalmente bom: a busca do amor, do desejo, do prazer. Deus ama essas coisas, mas elas têm sido perseguidas no lugar errado, no caminho errado, fora da vontade de Deus”, disse Harrison.