A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, esteve na reunião ministerial que se tornou alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal, após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, apontar a suspeita de crime de responsabilidade cometido pelo presidente Jair Bolsonaro.
Como resultado das acusações feitas por Sérgio Moro, um inquérito foi aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, e a solicitação foi atendida pelo ministro Celso de Mello, decano da Corte.
A divulgação do vídeo da reunião ministerial ocorreu em 22 de maio passado, uma sexta-feira. Na gravação é possível ver a ministra Damares Alves se posicionando contrária ao aborto no país, destacando o compromisso do governo atual com à agenda conservadora.
“Neste momento de pandemia a gente tá vendo aí a palhaçada do STF trazer o aborto de novo para a pauta, e lá tava a questão de… as mulheres que são vítima do zika vírus vão abortar, e agora vem do coronavírus?”, questionou Damares.
A ministra alertou sobre a possibilidade da pandemia ser utilizada como um viés ideológico sanitário pró-aborto. “Será que vão querer liberar que todos que tiveram coronavírus poderão abortar no Brasil? Vão liberar geral?”, insistiu Damares.
Ministério da Saúde
Damares Alves aproveitou a oportunidade para chamar atenção do então ministro da Saúde, Nelson Teich. Segundo a ministra, a pasta da Saúde estaria “lotada de feministas”, razão pela qual o ministro deveria ficar atento aos interesses do governo.
“O seu ministério, ministro, tá lotado de feminista que tem uma pauta única que é a liberação de aborto. Quero te lembrar ministro, que tá chegando agora, este governo é um governo pró-vida, um governo pró-família”, afirmou Damares Alves.
A ministra ainda criticou a forma como parte da população tem sido tratada em alguns estados. Segundo Damares, chegou ao Ministério dos Direitos Humanos denúncias pelo disque 100 de violações sofridas por cidadãos acusados de violar decretos de quarentena.
“Nós estamos tomando providências. A pandemia vai passar, mas governadores e prefeitos responderão processos e nós vamos pedir inclusive a prisão de governadores e prefeitos”, disparou a ministra. Assista abaixo: