A tentativa de desconstruir a natureza sexual humana por via do discurso continua ganhando novos contornos na Organização das Nações Unidas (ONU). Uma publicação feita pela entidade recentemente provocou reações, por exemplo, por ter pedido a substituição dos termos “marido” e “esposa” por uma linguagem neutra.
“O que você diz importa”, diz o título da publicação, que segue: “Ajude a criar um mundo mais igualitário usando linguagem neutra em termos de gênero se não tiver certeza sobre o sexo de alguém ou se referir a um grupo”, afirma a ONU.
O texto é acompanhado de uma imagem que lista vários exemplos de nomes que, segundo a ONU, devem ser substituídos em nome de um mundo “igualitário”, tais como “policial”, “senhor/senhora”, “namorado/namorada”, “vendedor/vendedora” e “marido/esposa”, entre outros.
Linguagem neutra
A publicação da ONU é um reflexo da ideologia de gênero, uma visão sobre a sexualidade humana criada e promovida pelo ativismo LGBT, mas confrontada largamente pela ciência, visto que tal abordagem não possui qualquer fundamentação na realidade dos fatos, senão na ilusão de ideias que visam se impor pelo discurso.
Segundo essa perspectiva, os sexos macho e fêmea não são suficientes para definir a sexualidade humana. Ou seja, o ser humano não seria “homem/menino” ou “mulher/menina” desde o nascimento. A cultura seria a responsável por moldar essas características, e não a biologia.
A ciência, por meio de especialistas no mundo inteiro, diz o contrário. Homens e mulheres são definidos como tal porque os seus sexos são construídos, definidos e herdados desde o nascimento. É a biologia que define o sexo, e não a cultura.
A identidade de gênero, o componente psicológico por trás da sexualidade humana, pode sofrer a influência da cultura, prejudicando a formação da identidade sexual natural, que é a soma harmoniosa do sexo biológico + “sexo psicológico”.
Quando há uma ruptura entre o sexo biológico e o psicológico por inúmeras razões, entre elas o abuso sexual e a influência/doutrinação cultural, caracteriza-se o que a psiquiatria chama de “disforia de gênero”, ou transtorno da identidade de gênero.
Uma vez que o ativismo LGBT não quer reconhecer os verdadeiros motivos que levam à disforia de gênero, mas em vez disso busca promover o transtorno da identidade de gênero como uma mera variante “natural” da sexualidade humana, a ONU e seus pares fazem publicações como a citada acima, buscando impor aos países uma maneira única de pensar, modelando a cultura e os valores das nações.
Bolsonaro contra a ideologia de gênero
É como reação a essa tentativa de se impor uma ditadura ideológica no Brasil que o presidente da República, Jair Bolsonaro, está empenhado em combater à ideologia de gênero em território nacional.
O presidente anunciou recentemente, por exemplo, a intenção de criar e enviar para o Congresso Nacional uma lei federal que visa combater a ideologia de gênero no Brasil.
“Sabemos que, por 11 a 0, o STF derrubou uma lei municipal que proibia ideologia de gênero. Então, a lei é municipal. Já pedi ontem para o major Jorge [Oliveira], nosso ministro [da Secretaria-Geral], para que providenciasse uma lei, um projeto federal. E devemos apresentar ainda hoje esse projeto com urgência constitucional”, apontou Bolsonaro.
What you say matters.
— United Nations (@UN) May 18, 2020
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