A Igreja Universal do Reino de Deus virou alvo de protestos de funcionários da prefeitura do Rio de Janeiro e usuários da rede municipal de saúde, por conta da ligação do prefeito, Marcelo Crivella (PRB), com a denominação do bispo Edir Macedo.
Crivella assumiu a prefeitura do Rio em janeiro deste ano, e vem alegando que a falta de verba devido à crise econômica do país e ao alto endividamento da prefeitura impede que a administração faça novos investimentos e quite suas obrigações em dia.
De acordo com informações do jornal O Globo, as manifestações contra a Universal ocorreram em mais de 30 pontos da cidade, sempre próximos a templos da denominação, com queixas sobre as falhas recorrentes no sistema de saúde, que tem poucos funcionários, falta de remédios e insumos e também sofre com atraso nos salários.
Dentre os locais que viraram palco de manifestações está o Templo da Glória do Novo Israel, novo nome da Catedral Mundial da Fé, que foi sede mundial da Igreja Universal atá a inauguração do Templo de Salomão, em São Paulo (SP). Em frente ao edifício, localizado em Del Castilho, zona norte do Rio, manifestantes estenderam faixas e cobraram soluções.
“Em tempos em que a intolerância religiosa produz problemas em série, os caminhos para a solução parecem se confundir. A Igreja Universal, diga-se, nada tem a ver com a gestão de hospitais e clínicas da cidade do Rio. Hoje, por decisão da maioria dos eleitores cariocas, esta responsabilidade é toda do prefeito Marcelo Crivella. É preciso separar as coisas”, ponderou o jornalista Daniel Brunet, em artigo publicado no site do jornal O Globo.