O terremoto mais forte desde 1979 no Equador causou a morte de mais de 400 pessoas, de acordo com as autoridades locais. Uma dos sobreviventes narrou os momentos de pânico e terror pelos quais passou e disse que orou a Deus pedindo para continuar viva.
“Eu nunca senti algo assim na minha vida, nunca mesmo! Porque no Equador isso não é comum. Era tão forte. Eu estava me sentindo com muito, muito medo […] De repente, tudo estava escuro, a luz estava apagada. ‘Deus, por favor, pare com isso, porque talvez eu morra hoje’. Eu estava pensando em tudo isso como um filme”, afirmou Carla Peralta, moradora de Boyaca, em entrevista à BBC.
O tremor atingiu 7,8 graus na escala Richter e causou grande destruição em cidades como Manta, Portoviejo e Guayaquil, todas elas localizadas a centenas de quilômetros do epicentro, que foi registrada em uma área com poucos habitantes, localizada a 170 quilômetros da capital do país, Quito.
Peralta informou que os serviços de eletricidade e telefone ainda não voltaram ao normal. Outro sobrevivente, Simon Gordon, descreveu a tragédia como “uma experiência extremamente assustadora”.
“Eu moro em Guayaquil […] Cidades em torno de nós foram afetadas. Essa foi minha primeira experiência de um terremoto e eu só estou aliviado que minha esposa e família estão todos bem. Que descansem em paz todos aqueles que passaram por essa tragédia absoluta”, afirmou.
De acordo com informações do G1, o ministério de Coordenação de Segurança do país confirmou que o número de mortes continua subindo: “Segundo fontes oficiais no momento são contabilizadas 413 pessoas mortas”, afirma nota do ministério.
Aproximadamente 100 presos fugiram de uma cadeia da cidade de Portoviejo, informou a ministra da Justiça, Judy Zúñiga, que confirmou que 30 foragidos “foram recapturados” e “alguns retornaram voluntariamente ao centro penitenciário”.