A cidade de Cuiabá (MT) abriga dois templos evangélicos considerados icônicos na cidade por suas arquiteturas. Apesar de seguir estilos arquitetônicos diferentes, ambos possuem valor histórico e cultural na região.
O maior deles é a sede da Assembleia de Deus, construído em formato de ginásio, com capacidade para 15 mil pessoas sentadas. Além de abrigar cultos, o templo abriga também um estúdio de rádio, livraria, salas de reunião, escola de ensino fundamental para 500 alunos e uma faculdade.
O espaço construído atinge 28.500 M², e a área administrativa conta com cinco andares. “É um espaço próprio para reuniões, cultos e grandes eventos. Cantores e pregadores de outros lugares são convidados a vir para cá e o povo chega em grande número… aos milhares”, afirmou o pastor Rubens Siro de Souza.
A faculdade mantida pela igreja no local não é exclusiva para fiéis: “Nós temos atualmente cinco cursos: administração, pedagogia, teologia – que é o carro chefe – e dois cursos na área de tecnologia. A faculdade funciona principalmente à noite e temos atualmente, em torno de 950 alunos, entre graduação e pós-graduação. Ela é aberta para toda a comunidade e se guia dentro dos valores espirituais da Bíblia Sagrada”, disse Mauro Márcio Oliveira, diretor geral da faculdade, ao Bom Dia MT.
Do lado oposto no quesito tamanho, o templo da Igreja Presbiteriana Central de Cuiabá é visto como uma atração turística da cidade. Construído em 1921, o prédio é preservado pela denominação como um capítulo importante e histórico, pois foi o primeiro templo protestante na capital mato-grossense.
No ano 2000, o templo foi reformado, mas as características arquitetônicas foram mantidas: “Quando foi se fazer esta reforma, no ano 2000, apenas a parte interna foi trabalhada, mas a parte externa ficou intacta”, revelou o pastor e historiador Sérgio Ribeiro Santos.
Como parte da estratégia de preservação, o templo histórico agora recebe cultos apenas duas vezes por semana. A Igreja Presbiteriana Central abriga a maioria de suas celebrações em um novo e moderno templo, mais espaçoso.
Porém, apesar do novo local, muitos membros da denominação preservam as memórias do templo histórico e fazem questão de participar das programações no local, sempre às quintas-feiras e domingos pela manhã: “Eu praticamente fui criado nesta igreja. Toda a minha família frequentou aqui. Além de ser histórica para a cidade, é histórica para mim também”, disse o fiel Alinor de Almeida.