Um terremoto de 6,2 graus na escala Richter atingiu o centro da Itália na madrugada desta quarta-feira, 24 de agosto, deixando pelo menos 38 mortos. O tremor foi sentido fortemente no Vaticano e em Roma, onde construções chegaram a balançar por 20 segundos.
O epicentro do tremor foi a região central da Itália, e informações preliminares apontam para um saldo de 38 mortos. Uma das cidades mais atingidas, Amatrice, a 140 quilômetros de Roma, teve dezenas de mortos e feridos.
“Metade da cidade não existe mais”, disse Stefano Petrucci, prefeito de Amatrice, acrescentando que os acessos à cidade foram bloqueados por um deslizamento de terra e o desabamento de uma ponte.
A cidade, que tem menos de 3 mil habitantes, tem construções muito antigas, algumas com 600 anos, de acordo com informações da RAI.
Considerado severo pelas autoridades italianas, o terremoto aconteceu às 03h30 no horário local, 22h30 em Brasília. Durante as quatro horas seguintes, o Instituto Italiano para Terremotos contabilizou 60 réplicas, que chacoalharam diversas cidades.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse em pronunciamento que “nenhuma família, nenhuma cidade, nenhuma aldeia será deixada abandonada”, e que a prioridade é resgatar sobreviventes que estejam soterrados.
Papa Francisco
Mesmo com uma réplica do tremor atingindo o Vaticano e a capital italiana, Roma, o papa Francisco cancelou parte de sua agenda prevista para esta quarta-feira, e pediu oração pelos sobreviventes e familiares daqueles que perderam a vida.
Em um pronunciamento, afirmou que a suspensão da programação normal se devia à necessidade de expressar sua “dor e proximidade a todas as pessoas que estão nas áreas afetadas, a todas as pessoas que perderam seus entes queridos e aqueles que ainda estão chocados pelo medo”.
Ele lamentou os relatos que vinham da cidade de Amatrice, a mais atingida, pois “a cidade já não existe”, e sua dor maior era “pensar que entre os mortos há muitas crianças”.