Foram ouvidas nesta quarta-feira (27/6) cinco testemunhas de acusação de processo em que Estevam e Sônia Hernandes, fundadores da Igreja Apostólica Renascer, são acusados de criar igrejas de fachada para não pagar impostos.
De acordo com o Judiciário paulista, uma das testemunhas afirmou ter fotos que comprovariam que os bispos são culpados, e a juíza Suzana Jorge de Matia Ihara determinou a busca e apreensão dos documentos, a fim de que as provas sejam juntadas ao processo.
O bispo Jorge Luiz Bruno, também acusado de participar do esquema, compareceu à Barra Funda para acompanhar os depoimentos, tomados no Fórum da Barra Funda, zona oeste de São Paulo.
O casal foi preso no dia 10 de janeiro nos Estados Unidos, onde ainda se encontram sob liberdade vigiada, pelo FBI (polícia federal norte-americana), na alfândega do Aeroporto de Miami, com US$ 56 mil em espécie (cerca de R$ 112 mil).
Estevam Hernandes Filho, conhecido como “apóstolo”, e sua esposa, Sonia Haddad Moraes Hernandes, conhecida como “bispa” Sonia, respondem a ação penal por prática de crimes de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, previstos no artigo 1º inciso VII da Lei n° 9.613/98.
No processo em questão, os fundadores Renascer em Cristo e o bispo primaz Jorge Luiz Bruno respondem por falsidade ideológica, acusados de ter montado uma igreja “laranja” chamada Internacional Renovação Evangélica.
A denúncia, que gerou o processo que tramita na 16ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda, afirma que a igreja de fachada foi criada para “proteger a Renascer de processos de cobrança, cíveis ou trabalhistas” e “escamotear suas atividades criminosas”. A ação pede o fechamento de todos os templos da Renascer em São Paulo.
Fonte: Última Instância – Revista Jurídica