O TikTok, nova rede social da moda, excluiu o vídeo de um padre que alertou aos cristãos sobre a necessidade de se opor ao mês do “orgulho LGBT”. No entanto, o material excluído já circula por outras plataformas.
O padre Simon Esshaki, da Catedral St. Peter Chaldean, em El Cajon, Califórnia (EUA), atraiu a censura progressista que domina as redes sociais após publicar um vídeo no TikTok reiterando valores cristãos a respeito da sexualidade humana.
O vídeo do padre explicava os motivos porque o chamado mês do “orgulho LGBT” é incompatível com os princípios cristãos, mas terminou suscitando uma onda de ódio das vozes de esquerda, o que resultou na censura, de acordo com informações do LifeSite News.
No dia 01 de junho, o padre Simon Esshaki, gravou o alerta, lembrando que os seguidores de Jesus Cristo são chamados a amar a todos, incluindo aqueles que lutam contra a homossexualidade, e parte desse amor significa confrontar o pecado com a verdade, não com endosso.
“Os cristãos não devem participar ou apoiar o mês do Orgulho LGBT”, disse ele. “E não é porque odiamos homens e mulheres com atração pelo mesmo sexo. É porque sabemos que, de acordo com a lei da natureza e a lei de Deus, o casamento deve ser entre homem e mulher. A Igreja Católica realmente ensina que devemos amar todos aqueles com tendências homossexuais”, acrescentou.
A declaração do padre é uma referência ao parágrafo 2358 do Catecismo da Igreja Católica, que afirma que as tendências homossexuais são “objetivamente desordenadas” e que as pessoas afetadas por elas “devem ser aceitas com respeito, compaixão e sensibilidade” enquanto são “chamadas para cumprir a vontade de Deus”.
Na doutrina católica, os homossexuais que seguem a denominação devem se unir ao sacrifício da cruz do Senhor para vencer as dificuldades que podem encontrar de sua condição.
“Só porque você ama alguém não significa que você tem que concordar com ele em todas as ações que ele faz”, continuou Esshaki. “Amar alguém significa querer o que é melhor para ele, e não é melhor para alguém que ele seja apoiado em suas ações pecaminosas, e podem ser ações homossexuais, qualquer outro tipo de ação lasciva ou qualquer outro tipo de pecado. Todo pecado é ruim, e todos somos pecadores, todos lutamos, mas todos precisamos da graça de Deus para vencer nossos pecados”, conceituou.
“Os católicos realmente se dedicam este mês ao Sagrado Coração de Jesus, então, em vez de nos conformarmos com nossos desejos pecaminosos, vamos nos conformar com o Sagrado Coração de Jesus e tentar nos tornar como ele. Ore por todos os pecadores, ame-os, mas não apóie suas ações pecaminosas”, salientou o padre, em tom calmo e respeitoso.
As reações, no entanto, foram hostis. Muitos usuários do TikTok passaram a acusar o padre de “ódio”, enquanto outros sugeriam que ele próprio seria homossexual não assumido, o que por si só causa estranheza, já que no caso do sacerdote católico ser gay, isso não deveria ser usado como detração pela própria comunidade LGBT.
Além disso, TikTok temporariamente bloqueou a conta do padre, acusando de cometer “violações não especificadas nas Diretrizes da Comunidade”. Posteriormente, Simon Esshaki observou a hipocrisia do site ao permitir que as postagens que o atacavam, incluindo ameaças de morte, eram mantidas na rede social.
Christians should not support #PrideMonth pic.twitter.com/ykGnykDsjK
— Fr. Simon Esshaki (@fathersimon3) June 1, 2020