Um grupo de ativistas ateus tentou constranger professores e funcionários de escolas no condado de Putnam, nos EUA, a não realizarem orações depois de partidas de futebol americano, mas a resposta veio através dos jogadores.
Um grupo ativista chamado “Americanos Unidos pela Separação da Igreja e Estado” enviou uma carta aos responsáveis pela educação no condado de Putnam, Tennessee (EUA), assinada por advogados, alertando que as instalações das escolas na região não poderiam ser usadas para expressões religiosas.
O grupo, que já agiu de forma semelhante contra escolas em outras áreas, recebeu uma resposta contundente de toda a comunidade na última sexta-feira, 17 de setembro, quando ao final de uma partida, jogadores, torcida e pais se reuniram para um momento de oração no gramado.
De acordo com informações da emissora WZTV Nashville, afiliada à Fox News, um ex-estudante da região e torcedor do time estudantil de futebol americano publicou uma foto dos jogadores das escolas Upperman e Stone Memorial enquanto eles oravam.
“O poder de satanás foi derrotado esta noite. A ameaça de um processo para proibir a oração após o jogo foi esmagada pela oração liderada pelos jogadores e apoiada por pais e fãs. Deus abençoe os jogadores do Baxter e Stone por sua fé e coragem”, escreveu Bob Vick no Facebook.
Depois que o caso repercutiu na imprensa do estado, um advogado da escola ameaçada pelos ativistas argumentou que a lei é clara: “Os tribunais decidiram consistentemente que a oração e o proselitismo não podem ser patrocinados por escolas ou funcionários da escola”.
Entretanto, o conselho escolar defendeu a liberdade religiosa dos alunos, desde que os funcionários da escola se abstenham dos gestos: “Como distrito, entendemos a importância da oração na vida dos nossos alunos, professores e funcionários”, resumiu.
“Apoiamos o direito dos alunos de participarem e liderarem orações de forma espontânea. Esse direito é e continuará sendo protegido. Nós também entendemos que o corpo docente e os membros da equipe não podem liderar ou participar das orações espontâneas lideradas pelos alunos”, acrescentou o advogado.
A pressão feita pelos ativistas incomodou alguns pais, que decidiram endossar o momento de oração ao final da partida na última sexta: “Sabemos que esta é uma escola pública, mas sempre foi opcional para os jogadores orar e foi um evento voluntário. Os jogadores que ainda quiserem orar terão que fazer isso por conta própria”, pontuou Dustin Whitefield.