O vereador Nikolas Ferreira (PL) virou alvo de polêmica ao publicar nas redes sociais um vídeo feito por sua irmã, uma adolescente de 16 anos, mostrando o momento em que ela se depara com um menino, também de 16 anos, no banheiro feminino da sua escola. Questionado, o jovem alegou que seria um travesti!
Por causa dessa denúncia, Nikolas acabou denunciado ao Ministério Público por suposta “transfobia”. Protocolaram a ação contra ele as vereadoras Bella Gonçalves (PSOL), Iza Lourenço (PSOL) e a Aliança Nacional LGBTI em Minas Gerais.
Na Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, o vereador rebateu as críticas pela publicação do vídeo, argumentando que a sua iniciativa é nada mais do que a busca pela garantia de um direito básico das mulheres, que é ter a sua privacidade nos banheiros.
“Não estou promovendo nenhum tipo de ataque às pessoas trans, mas apenas reivindicando um direito — homem usa banheiro de homem, e mulher usa banheiro de mulher”, disse Nikolas.
Confrontado de forma desrespeitosa pela vereadora Bella Gonçalves, que tentou não deixar com que o vereador falasse, lhe interrompendo de forma grosseira e insistentemente, o parlamentar reagiu apontando a maneira intolerante com que os ativistas LGBTs lidam com os questionamentos.
“Isso não é uma questão de aceitação, mas de imposição. Se não aceitamos o que vocês estão falando, somos transfóbicos ou homofóbicos? Mentira!”, disse ele. “Se eu perguntar a alguém se concorda com a Bíblia e a pessoa disser que não, então ela é uma bíbliafóbica? Que loucura é essa? Não estou querendo impor nada. Estamos aqui falando de um direito básico.”
A narrativa do “sentir”
Nikolas Ferreira também questionou os pressupostos da ideologia de gênero, onde uma pessoa pode ser tratada como sendo de um gênero diferente pelo simples fato de alegar que se “sente” pertencente ao sexo oposto.
“O banheiro diz respeito a uma questão anatômica e não de gênero. Não é uma autopercepção daquilo o que você se sente. No banheiro masculino existe um mictório, ou seja, é para quem tem um pênis”, disse o vereador.
“Se hoje eu me sinto homem ou me sinto mulher, vocês são obrigados a aceitar a minha realidade? E se eu me sinto a ‘presidente aqui da Câmara’, o que acontece? Vocês vão me respeitar como tal?”, destacou.
Por fim, o vereador e potencial candidato ao cargo de deputado federal este ano, lembrou que a preservação dos espaços femininos também é uma forma de proteger a integridade física e moral das meninas e mulheres, visto que há pessoas de má índole capazes de se aproveitar de falsas alegações para cometer crimes.
“É necessário colocar os ‘pingos nos is’, pois quando indivíduos ‘se sentem’ homens ou mulheres, estamos expondo as crianças. No caso, um menino se sentiu menina e entrou num espaço onde só tinha meninas”, disse ele. “Isso pode dar abertura para homens mal intencionados, porque existem estupradores e pedófilos que podem se utilizar dessa brecha.” Assista:
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