Um travesti que não teve o nome revelado pelas autoridades precisou ser contido pela Polícia Militar, após entrar em uma igreja evangélica durante a realização da cerimônia de adoração a Deus estando visivelmente transtornado, segundo relatos das testemunhas no local.
O caso ocorreu em Piratininga, município do estado de São Paulo, nesta sexta-feira (19). O travesti de 28 anos foi acusado de tentar impedir o andamento do culto e ainda querer agredir fiéis da igreja, que também não quis revelar o nome.
O templo, no entanto, fica situado na Avenida Bandeirantes, na Vila Bandeirantes. O boletim de ocorrência (B.O) informa que o travesti teria entrado no templo completamente transtornado, gritando com todos os fiéis. Ele também teria pego os óculos de uma senhora e devolvido em seguida.
Para evitar maiores confrontos e conter o travesti, os membros da congregação acionaram à Polícia Miliar, que foi até o local. Aos policiais, o sujeito alegou que não tinha dinheiro para ir embora e que desejava ficar na igreja por ser um local público.
Diante da insistência em querer permanecer no local, sem atender o pedido dos PMs para se retirar, o travesti teve que ser algemado e levado preso para à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), segundo informações do portal Correio do Estado.
Ainda segundo o B.O., o caso foi registrado na delegacia como ultraje ao local de culto, impedimento ou perturbação da sua liturgia, já que a Constituição Federal em seu Art. 5° garante essa proteção, conforme o parágrafo abaixo:
“VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.”.
Ou seja, ainda que os templos de igrejas possam ser considerados locais públicos, o que se pratica em seu interior precisa ser compatível com à liturgia adotada por determinada congregação, de modo que à fé e à doutrina ali praticadas sejam devidamente respeitadas.