Uma trégua de quatro dias foi concedida por Israel ao Hamas na guerra que já dura sete semanas. O acordo visa a liberação de dezenas de reféns detidos pela organização terrorista que comanda a Faixa de Gaza em troca de palestinos presos no território israelense.
O acordo foi anunciado nesta quarta-feira, 22 de novembro, após Catar, Egito e Estados Unidos intermediarem as negociações. O cessar-fogo temporário está previsto para começar na manhã de amanhã, 23 de novembro.
O Hamas diz que 50 dos 240 reféns serão libertados em etapas em troca da libertação de 150 prisioneiros palestinos, a maioria adolescentes presos por delitos menores. Além disso, Israel permitirá que centenas de caminhões cheios de material humanitário e médico serão autorizados a entrar em Gaza.
“Saúdo o compromisso que Israel assumiu de apoiar uma pausa prolongada para garantir que este acordo possa ser plenamente executado e para garantir que a assistência humanitária adicional chegue aos civis em Gaza”, disse a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris.
“O fluxo de ajuda deve aumentar substancialmente e os civis devem ser protegidos. Também apelamos ao Hamas para que liberte todos os reféns restantes”, acrescentou a vice-presidente, de acordo com informações do portal The Christian Post.
Guerra longe do fim
Na última terça-feira, 21 de novembro, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que Israel “continuaria a guerra” até eliminar o Hamas e garantir o retorno de todos os reféns.
“Todas as agências de segurança apoiam totalmente [a trégua]. Deixaram completamente claro na sua avaliação profissional que a segurança das nossas forças será garantida durante a pausa e que o esforço de inteligência será mantido nesses dias”, declarou o primeiro-ministro.
“[Os intermediadores] deixaram claro que não apenas o esforço de guerra não será prejudicado, mas também permitirá que as IDF se preparem para a continuação dos combates”, acrescentou.
Israel diz que o cessar-fogo poderá ser prolongado se mais reféns forem libertados. Uma fonte palestina disse à Reuters que até 100 reféns poderão ser libertados até o final de novembro.