Uma reunião do alto escalão do governo dos Estados Unidos foi iniciada com uma oração, a pedido do presidente Donald Trump, e essa atitude está sendo amplamente criticada pela imprensa norte-americana.
Na última quarta-feira, 20 de dezembro, o presidente reuniu os principais membros de seu governo para uma reunião em que anunciaria uma grande vitória junto ao Congresso, com mais cortes de impostos aprovados no orçamento do país em 2018 visando o aquecimento da economia e geração de empregos.
Dentre os presentes, estava o Dr. Ben Carson, que concorreu pela indicação do Partido Republicano com o próprio Trump, e agora tornou-se um de secretários.
Antes da oração, Trump provocou os repórteres que cobriam a reunião de governo: “Vocês precisam mais de oração do que eu. Talvez, vocês sejam os únicos [que realmente precisam]. Talvez uma boa e sólida oração faça vocês serem mais honestos”, afirmou o presidente, fazendo alusão à difusão de “fake news“, informações falsas ou distorcidas a seu respeito pela grande mídia.
A provocação foi seguida por uma iniciativa de Carson, que iniciou sua oração agradecendo a Deus pela postura corajosa de Trump, e pediu que o “crescimento da economia” dos Estados Unidos fosse mantido, segundo informações do Daily Mail.
Ao final, Ben Carson pediu a Deus que ajude os americanos a reconhecerem que “nações divididas contra si mesmas não subsistem” e também a serem mais gratos: “Neste tempo de discórdia, desconfiança e desonestidade, pedimos que o Senhor nos dê um espírito de gratidão, compaixão e bom senso. Dê-nos a sabedoria para poder guiar esta grande nação e nosso futuro. Pedimos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, afirmou o secretário.
Ao final da reunião, que tratou de um tema de grande importância para a economia do país, a grande mídia deu enfoque à decisão de Trump de promover uma oração em um ambiente de trabalho do governo, acusando-o de desvalorizar o conceito de Estado laico, argumentando a partir da visão de que a laicidade significa cerceamento do exercício de fé.