Uma cristã paquistanesa, presa há dois anos sob acusação de blasfêmia, aguarda a realização de um novo julgamento que defina uma sentença justa. No primeiro julgamento, Asia Bibi foi sentenciada à morte, e devido às diversas manifestações internacionais em variadas esferas, fez com que a pena não fosse aplicada.
A acusação surgiu após, durante uma discussão com colegas de trabalho, Asia Bibi ter dito que a fé islâmica se baseia num personagem morto: “Jesus está vivo, mas Maomé morto. O nosso Cristo é o verdadeiro profeta de Deus. Maomé não é real. Jesus morreu na cruz pelos pecados da humanidade, e Maomé, o que fez por vocês?”, questionou na ocasião, já exaltada. A reação das colegas de trabalho foi intensa, com agressões, o que levou o caso às autoridades.
Informações repassadas à Missão Portas Abertas dão conta que Asia Bibi tem sido torturada e maltratada na prisão e submetida à fome e sede, com o objetivo de que ela renuncie ao cristianismo.
A repercussão do caso no Paquistão levou à morte as duas únicas pessoas com cargos expressivos que saíram em defesa de Asia Bibi. O ex-governador da Província de Punjab, Salman Taseer, tido como um muçulmano liberal foi assassinado pelo próprio guarda-costas por sair em defesa de Asia Bibi. O ministro federal Shahbaz Bhatti, único cristão no gabinete do governo, também foi morto por se opor à lei que condena à morte pessoas acusadas de blasfêmia contra o islamismo.
Asia Bibi, porém, tem se mantido firme no evangelho: “Prefiro morrer como cristã, do que sair da prisão como muçulmana”, afirmou. Bibi é casada e mãe de cinco filhos, e tem sido alvo de uma intensa campanha de oração da missão Portas Abertas ao redor do mundo.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+