No último domingo (6) ocorreu a sexta edição da Marcha pela Vida, um movimento anual que reúne pessoas de diversos segmentos religiosos, entre evangélicos, católicos, espíritas e também ateus, todos em defesa de valores comuns que dizem respeito à preservação da vida.
Organizada pelo Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto, a multidão de pessoas percorreu a orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, e contou com a participação de várias personalidades do meio político, artístico e religioso.
Uma das principais bandeiras levantadas na Marcha pela Vida desse ano foi denunciar a possibilidade de votação em favor de uma proposta que tramita no Supremo Tribunal Federal, que, na prática, pode autorizar a realização do aborto até 12 semanas de gravidez. Os manifestantes pró-vida pediram a total rejeição da proposta e a proteção do Estatuto do Nascituro.
Uma das participantes e principais vozes contra o aborto e conhecida por ter 55 filhos (quatro biológicos) foi a cantora evangélica Flordelis dos Santos Souza, mais conhecida apenas como “Flordelis”. Ela possui um instituto para acolhimento de crianças de rua e sua história de vida já virou filme: “Flordelis – Basta uma Palavra para Mudar”.
“Luto pelo direito à vida porque acredito que a liberação do aborto é um genocídio. Com a liberação do aborto, milhares de crianças serão assassinadas”, disse ela.
“Eu sou mãe de 55 filhos e muitos deles escaparam de tentativas de aborto, e mesmo depois de nascidos foram abandonados. Tenho filhos que foram jogados no lixo, em valões. Essa marcha é importante para conscientizar o povo e chamar a sociedade para essa luta que não pode ser só nossa, mas de todos”, completou, segundo informações do Pleno News.
Quem também esteve presente na Marcha pela Vida foi a cantora Elba Ramalho, que fez questão de discursar, defendendo de forma contundente a vida humana já nas primeiras semanas de gestação: “O homem tem pensado equivocadamente e não sabe o quanto isso fere o coração de Deus”, disse ela.
“O aborto é um equívoco porque a mãe que deveria acolher seu filho, o rejeita. E os médicos, que deveriam salvar, matam. Está tudo equivocado. A vida não existe somente quando uma pessoa nasce, mas já começa no momento da concepção”, declarou.
Para o arcebispo da arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, que também participou da Marcha, ser contra a legalização do aborto é ser contra o que chamou de “cultura da morte”:
“A paz virá no momento que respeitarmos a vida. Estou aqui e faço desta caminhada uma resistência à cultura da morte, resistência em favor da vida”, disse ele.