A população brasileira, através de consultas populares e pesquisas oficiais, já se posicionou diversas vezes contrária à legalização do aborto no país. Todavia, alguns partidos liberais mantém uma postura firme contra os interesses da maioria.
É o caso do PSOL, partido do deputado Jean Wyllys – que propõe aposentadoria especial para prostitutas. Dessa vez, porém, a intenção do PSOL é descriminalizar o aborto até a 12ª semana da gestação.
O PSOL entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para legalizar o aborto até a 12ª semana, sob a justificativa de “discriminação” contra mulheres negras, indígenas, pobres e de baixa escolaridade, que vivem em regiões distantes dos centros urbanos e, portanto, segundo o argumento do partido, não teriam as mesmas condições das mulheres “ricas” em se precaver da gravidez. Talvez, implicitamente, até mesmo de fazer um abordo seguro, ainda que clandestino.
Para o PSOL e sua militância, ao que parece, devemos culpar os mais indefesos e torná-los réu de juízo por terem nascido no útero de mulheres que, segundo a lógica implícita do argumento, não possuem qualquer conhecimento sobre como acontece a gravidez, suas consequências e responsabilidades, mesmo em pleno século XXI.
No final das contas, uma problemática ética de ordem social maior, que envolve infraestrutura, conscientização, educação e diz respeito aos que já nasceram, virou argumento dos liberais para justificar a morte dos mais inocentes da história: os bebês!
Isso, porque, segundo o PSOL, com base na precariedade onde vivem algumas mulheres menos favorecidas, o aborto deve ser legalizado porque “os métodos para a realização de um aborto são mais inseguros do que aqueles utilizados por mulheres com maior acesso à informação e poder econômico, resultando em uma grave afronta ao princípio da não discriminação”, segundo informações publicadas no Estadão.
A relatora da ação, ministra Rosa Weber, determinou na última segunda-feira (27) que o presidente Michel Temer, o Senado e o Congresso se posicionem perante o caso dentro de cinco dias.
O Partido Social Cristão (PSC) entrou com um pedido para que seja aceito como “amigo da Corte” no âmbito da ação. Ou seja, que participe da análise da questão, na intenção de opinar no sentido contrário à proposta. Para o PSC “o direito à vida é inviolável, posto a salvo desde a concepção e dele ninguém pode ser privado arbitrariamente”.
Quem também se manifestou nas redes sociais foi o pastor Silas Malafaia. Através da sua conta no Twitter, Silas criticou o STF em “querer aprovar o aborto na caneta”, dizendo que fará um vídeo comentando o caso:
“Quinta-feira vou postar um vídeo do absurdo do STF querer aprovar o aborto na caneta. Importantíssimo você assistir.”, escreveu ele.